Após o colapso da União Soviética a Rússia tentou por muitos anos reerguer a sua indústria naval, e agora, finalmente, o país parece estar mais próximo disso do que nunca. Já em 2019, Moscou deverá ser capaz de voltar a construir seus próprios porta-aviões e porta-helicópteros em solo russo.
Sputnik
Atualmente, a Rússia possui somente um porta-aviões, o Almirante Kuznetsov, construído numa fábrica naval ucraniana que até 1991 era responsável pela produção de todos os porta-aviões soviéticos. Após o colapso da União Soviética, a Rússia precisou criar sua própria base para produção desse tipo de embarcação.
Porta-aviões Almirante Kuznetzov © Sputnik/ Alexei Danichev |
"Estaremos prontos para dar início a construção de porta-aviões e porta-helicópteros. Falando em capacidades técnicas, esperamos obtê-las até o início de 2019, caso os trabalhos de modernização estejam concluídos" – declarou recentemente o presidente da Corporação Unida de Construção Naval da Rússia, Alexei Rakhmanov.
Ele não chegou a informar onde exatamente a Rússia pretende construir seus novos navios, mas especialistas indicam que a produção de porta-aviões russos de nova geração deverá se dar na cidade de Severodvinsk, nos estaleiro da Sevmash.
Sevmash é a única empresa russa com experiência recente em construção de porta-aviões, por ter sido a responsável pela modernização do porta-aviões Almirante Gorshkov, que hoje integra a marinha da Índia sob o nome Vikramaditya.
Não faz muito tempo, as mídias russas informaram que a Rússia estaria se preparando para construir seus primeiro porta-aviões da era pós-soviética, mas que o início dos trabalhos não poderia começar antes de 2025, e que a construção desse tipo de navio de guerra tomaria aproximadamente 10 anos.
Apesar dos longos prazos anunciados, um grande escritório naval russo apresentou no ano passado o modelo de um projeto perspicaz de porta-aviões com um deslocamento de 100 mil toneladas. Movida a energia nuclear, o projeto, apelidado de 23000E Storm, será capaz de transportar até 90 aviões e helicópteros a bordo. O custo do projeto, segundo estimativas mais otimistas, foi avaliado em 5,6 bilhões de dólares, apesar das grandes chances de esse valor duplicar durante o processo de produção.
Junto a isso, a Rússia já iniciou os preparativos para a construção de seus novos porta-aviões, começando a desenvolver uma catapulta eletromagnética de última geração, similar à utilizada nos novos porta-aviões norte-americanos da classe Gerald Ford (CVN-78). Além disso, Moscou está se programando para testas elementos de novas instalações de energia nuclear em navios de guerra do tipo Lider.