Após campanhas frustradas no Iraque e na Síria, os Estados Unidos agora estão de olho na Líbia como local da próxima “ação decisiva militar” de Washington.
Sputnik
Citando uma crescente ameaça de expansão do Daesh (grupo terrorista também conhecido como Estado Islâmico) na Líbia, o governo americano está considerando a ideia de enviar militares para varrer terroristas do país africano.
F-16 © US Air Force |
“É justo dizer que estamos buscando tomar uma ação decisiva militar contra o Daesh em conjunção com o processo político na Líbia. O presidente deixou claro que temos autoridade para usar força militar”, declarou o general americano Joseph Dunford, líder dos chefes de gabinete, citado pelo jornal New York Times.
Junto a seus aliados — Grã-Bretanha, França e Itália — os Estados Unidos querem intervir em outro país sob o pretexto de “cortar o crescimento” do Daesh no norte da África e nos países subsaarianos, escreveu a agência Reuters.
“Quando olho para a Líbia, vejo a Líbia como uma plataforma do Daesh da qual eles podem realizar atividades malignas em toda a África”, disse Dunford.
No momento, não está claro quando exatamente uma operação militar americana começaria, mas voos de reconhecimento e obtenção de inteligência por parte dos EUA indicam que uma intervenção militar estaria prestas a acontecer dentro de “semanas”, segundo Dunford.
O problema de uma intervenção militar é que os Estados Unidos ainda precisam derrotar o Daesh e outros grupos extremistas na Síria e no Iraque. Sem solucionar o problema em uma região, Washington estaria mergulhando em outro local mostrando suas armas.
A única esperança é desta vez os Estados Unidos respeitem as leis internacionais e consigam aprovação do governo líbio antes de enviarem suas tropas. Outra maneira de agir sem quebrar leis internacionais seria obtendo permissão de todos integrantes do Conselho de Segurança da ONU.