Com um nome florido ("Crisântemo") que disfarça sua natureza mortal, o sistema de mísseis antitanque Khrizantema-S foi projetado para destruir os principais tanques de guerra atuais e futuros - inclusive os protegidos com blindagem reativa explosiva -, bem como embarcações de superfície de pequeno deslocamento e alvos aéreos a baixas altitudes.
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Os mísseis 9M123 do sistema supersônico Khrizantema viajam a uma velocidade média de 400 m/s e têm um alcance de entre 400 e 6.000 metros.
Khrizantema-S © Sputnik/ Vitaly Belousov |
O sistema também é único entre os mísseis guiados antitanque da Rússia no fato de que, dependendo da variante, seus mísseis podem ser guiados por laser ou radar.
Cada míssil carrega uma ogiva de alto explosivo antitanque com penetração de 1,2 m nas armaduras reativas explosivas dos veículos de guerra — um recorde absoluto.
Em comparação, o muito elogiado míssil antitanque norte-americano Javelin, que os ucranianos estão tão ansiosos para conseguir, têm capacidade máxima de penetração de apenas 70 centímetros.
O Spike-MR/LR de Israel faz um trabalho um pouco melhor e penetra até 1 m através das armaduras dos tanques, mas ainda não é páreo para o seu análogo russo.
O míssil 9M123 juntamente com o seu sistema de orientação associado forma o sistema de mísseis 9K123. Atualmente, ele só pode ser lançado a partir do sistema antitanque 9P157-2 Khrizantema-S, baseado no chassi BMP-3. Seu sistema de orientação dupla garante proteção contra contramedidas eletrônicas e lhe permite operar em todas as condições climáticas, de dia ou de noite.
O sistema entrou em serviço nas Forças Armadas russas em 2005.