O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, em uma conversa telefônica com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediu que Aliança influencie a situação da introdução das forças armadas turcas no território do Iraque.
Sputnik
De acordo com as autoridades iraquianas, em 4 de dezembro, soldados turcos e veículos militares entraram na província iraquiana de Nínive, sob o pretexto de treinar batalhões populares curdos para combater os terroristas. O Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Defesa do Iraque classificaram a presença dos militares turcos como "ato hostil" que não tinha sido acordado com as autoridades do país.
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"O Iraque tem exigido através dos canais diplomáticos que a Turquia retire suas tropas, e deu-lhe um prazo de dois dias. A situação atual é uma violação da soberania iraquiana e a OTAN deve usar seus poderes para que a Turquia retire imediatamente as forças armadas do território iraquiano", disse em um comunicado o serviço de imprensa do primeiro-ministro iraquiano.
Stoltenberg, por sua vez, agradeceu al-Abadi por seus esclarecimentos, observando que a OTAN está interessada em proteger a soberania iraquiana. O secretário-geral prometeu transmitir os temores do Iraque ao representante da Turquia na OTAN e sublinhou a importância de uma solução diplomática para a crise.
No domingo, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, disse que as autoridades do país se reservam o direito de recorrer a todas as medidas possíveis, incluindo fazer um apelo ao Conselho de Segurança da ONU, se as tropas turcas não deixarem o país dentro de 48 horas. Na última segunda-feira (8), ele disse que a Turquia teria 24 horas antes do país trazer o assunto ao Conselho de Segurança da ONU.