O grande número de “deployments” nos últimos anos e o ritmo elevado das operações da frota de porta-aviões dos EUA, reduziu o número de navios disponíveis atualmente no mar a cinco unidades e acabou deixando o Oriente Médio sem um porta-aviões disponível na estação pela primeira vez desde 2007, informaram oficiais da Marinha do EUA (US Navy).
“A Marinha está operando com um déficit” quando se trata de porta-aviões, disse Sean J. Stackley, secretário adjunto da Marinha para a investigação, desenvolvimento e aquisição, em uma audiência do Subcomissão do Poder Marítimo do Comitê de Serviços Armados da Câmara.
A exigência oficial da Marinha é ter uma frota de 11 porta-aviões, mas a realidade é que a Marinha tem operado com 10 navios desde a aposentadoria do USS Enterprise em 2013.
Com um menor número de plataformas disponíveis, os “deployments” duraram mais tempo, manutenções programadas foram adiadas e agora 5 porta-aviões estão parados em manutenção.
Atualmente, 4 dos 10 porta-aviões estão em “manutenção profunda” e um quinto, o USS George Washington, está voltando pela América do Sul para reparos, disse Stackley. A situação só deve melhorar quando em 2021 entrar em serviço o USS Gerald R. Ford.
A vulnerabilidade é mais evidente na área do Golfo Pérsico, na área do Comando Central dos EUA. “Nós atualmente estamos experimentando o que o comandante do CentCom chamaria de uma lacuna – é a própria essência de nossa estratégia marítima nacional”, disse Aquilino.
No mês passado, o porta-aviões USS Theodore Roosevelt e seu grupo de ataque – os destróieres Farragut, Sherman e Churchill (DDG 81), e o cruzador da classe Ticonderoga Normandy, deixou o CentCom e a área de responsabilidade da Quinta Frota no Oriente Médio. Foi a primeira vez desde 2007 que o Oriente Médio ficou sem um grupo de ataque de porta-aviões na estação.
O porta-aviões Eisenhower tinha sido programado para substituir o Roosevelt, mas ele precisou ficar mais 10 meses no Norfolk Naval Shipyard para manutenção.
Em vez disso, o Truman baseado em Norfolk – originalmente agendado para “deployment” no próximo verão – recebeu a ordem para acelerar a sua programação de treinamento e manutenção para que ele possa assumir o lugar do Eisenhower. Não ficou claro quando o Truman estará pronto para zarpar.