Os militares dos países da OTAN devem enviar um sinal claro para a Rússia e outros adversários potenciais durante os exercícios Trident Juncture, escreve a mídia estadunidense e canadense.
Sputnik
Das declarações de alguns generais da aliança deduz-se que os exercícios da OTAN Trident Juncture 2015 têm que desempenhar um certo papel na política de contenção.
© AFP 2015/ FRANCISCO LEONG / AFP |
"Espero que a Rússia esteja assistindo a esses exercícios", disse o comandante das Forças dos EUA na Europa Ben Hodges, citado pela edição canadense National Post. Na sua opinião, a demonstração da capacidade militar é uma parte importante da política de "contenção". "Não é apenas a questão de obter o potencial, mas também de mostrar este potencial à Rússia".
Representantes da OTAN explicaram que as ações da Rússia ao longo dos últimos dois anos forçaram a aliança começar a rever a sua estratégia, escreve o Army Times.
O tenente-general canadense Steve Bowes concorda que os exercícios Trident Juncture 2015 devem tornar-se um aviso para a Rússia, relata o National Post. "Os exercícios devem mostrar a capacidade da aliança de trabalhar em conjunto, bem como a sua prontidão do ponto de vista político. Cada país-membro tem investido nestes exercícios recursos consideráveis", disse Bowes.
"O movimento coordenado em grande escala dos soldados, navios e aviões é destinado para aperfeiçoar o seu potencial, bem como para transmitir uma mensagem clara à Rússia e outros adversários reais ou potenciais", escrevem os meios de comunicação canadenses e americanos.
A OTAN está realizando na Europa os maiores exercícios das últimas décadas. Os treinos decorrem em Portugal, Espanha e Itália e envolvem cerca de 36 mil efetivos de 30 países.