Operação que resgatou um dos pilotos de caça russo abatido na terça-feira (24) enfrentou resistência de milícia local.
EKATERINA SINELSCHIKOVA | GAZETA RUSSA
Um dia após o incidente com o caça russo Su-24 no espaço aéreo sírio, o presidente russo Vladímir Pútin concedeu condecorações estatais à tripulação da aeronave. Ambos os pilotos conseguiram se ejetar do bombardeiro, porém, um deles – o tenente-coronel Oleg Pechkov – foi atingido por fundamentalistas islâmicos em solo.
O copiloto Konstantin Murakhtin, porém, conseguiu escapar dos ataques e foi localizado pelas forças especiais russas e sírias. Murakhtin, que havia sido escolhido melhor copiloto da Rússia na competição “Aviadarts 2014”, foi levado para a base aérea russa de Hmeymim, no noroeste da Síria.
Helicóptero destruído
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o resgate do copiloto foi feito pelas forças especiais russas em conjunto com o Exército sírio. Pouco depois das 10 horas [horário de Damasco] de terça-feira (24), cinco helicópteros Mi-8 levantaram voo em direção ao local da aeronave abatida às 9h24.
Fontes da inteligência síria relataram ao jornal “Novaia Gazeta” que a bordo de cada um dos helicópteros seguiam sírios levados como guias e intérpretes. “Os sete, oito homens restantes eram combatentes do corpo de fuzileiros navais da Direção Principal do Ministério da Defesa.”
O local da queda foi determinado a partir do farol de rádio instalado em cada um dos assentos ejetores. No entanto, não foi possível pousar nas proximidades, já que homens em terra abriram fogo sobre um dos Mi-8.
Após a morte de um fuzileiro naval envolvido na operação, os demais foram evacuados para a base aérea de Hmeymim, na Síria. O helicóptero atingido acabou sendo destruído por combatentes das milícias turcomanas que controlam o território de Jabal al-Turkman e cooperam com organizações terroristas proibidas na Rússia.
Segundo o portal de notícias Lenta.ru, o helicóptero foi destruído com um sistema norte-americano antitanque BGM-71 TOW. “Sistemas desse tipo, bem como outras armas de produção ocidental, chegam às mãos dos terroristas pelo norte da Síria, através da Turquia”, informou uma fonte do Lenta.ru cujo nome foi revelado.
No vídeo da destruição do helicóptero, publicado pelos combatentes locais no YouTube, é possível ver os militantes posicionando o sistema mencionado.
Refém ou fugitivo?
Por causa do fogo aberto sobre os helicópteros, os veículos só conseguiram pousar a poucos quilômetros do local da queda do Su-24. Em sua página no Facebook, o canal da TV libanesa Al Mayadeen informou que a comunicação com o copiloto foi restabelecida após seis horas de buscas.
Para chegar ao local onde estava o oficial, os homens da equipe de salvamento tiveram que seguir a pé. Segundo o jornal “Novaia Gazeta”, o copiloto havia sido capturado por um grupo local, mas, após extensas negociações, o refém foi finalmente entregue à equipe de resgate.
Por volta das três horas da tarde de terça, o copiloto resgatado já estava na base aérea de Hmeymim, enquanto as buscas pelo segundo piloto seguiram noite adentro, sem obter qualquer resultado.
Neste ponto, porém, as versões diferem. O embaixador russo na França, Aleksandr Orlov, disse à rádio francesa Europe 1, que o copiloto resgatado teria conseguido inicialmente escapar de seus perseguidores e que depois foi acolhido por militares sírios.
Os soldados da divisão síria, junto com o piloto, teriam levado duas horas até conseguir chegar a um território seguro para poder então enviá-lo à base da Força Aérea russa na Síria.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o resgate do copiloto foi feito pelas forças especiais russas em conjunto com o Exército sírio. Pouco depois das 10 horas [horário de Damasco] de terça-feira (24), cinco helicópteros Mi-8 levantaram voo em direção ao local da aeronave abatida às 9h24.
Fontes da inteligência síria relataram ao jornal “Novaia Gazeta” que a bordo de cada um dos helicópteros seguiam sírios levados como guias e intérpretes. “Os sete, oito homens restantes eram combatentes do corpo de fuzileiros navais da Direção Principal do Ministério da Defesa.”
O local da queda foi determinado a partir do farol de rádio instalado em cada um dos assentos ejetores. No entanto, não foi possível pousar nas proximidades, já que homens em terra abriram fogo sobre um dos Mi-8.
Após a morte de um fuzileiro naval envolvido na operação, os demais foram evacuados para a base aérea de Hmeymim, na Síria. O helicóptero atingido acabou sendo destruído por combatentes das milícias turcomanas que controlam o território de Jabal al-Turkman e cooperam com organizações terroristas proibidas na Rússia.
Segundo o portal de notícias Lenta.ru, o helicóptero foi destruído com um sistema norte-americano antitanque BGM-71 TOW. “Sistemas desse tipo, bem como outras armas de produção ocidental, chegam às mãos dos terroristas pelo norte da Síria, através da Turquia”, informou uma fonte do Lenta.ru cujo nome foi revelado.
No vídeo da destruição do helicóptero, publicado pelos combatentes locais no YouTube, é possível ver os militantes posicionando o sistema mencionado.
(Nota do Editor: também é possível ver o símbolo do exército alemão no lançador do míssil)
Refém ou fugitivo?
Por causa do fogo aberto sobre os helicópteros, os veículos só conseguiram pousar a poucos quilômetros do local da queda do Su-24. Em sua página no Facebook, o canal da TV libanesa Al Mayadeen informou que a comunicação com o copiloto foi restabelecida após seis horas de buscas.
Para chegar ao local onde estava o oficial, os homens da equipe de salvamento tiveram que seguir a pé. Segundo o jornal “Novaia Gazeta”, o copiloto havia sido capturado por um grupo local, mas, após extensas negociações, o refém foi finalmente entregue à equipe de resgate.
Por volta das três horas da tarde de terça, o copiloto resgatado já estava na base aérea de Hmeymim, enquanto as buscas pelo segundo piloto seguiram noite adentro, sem obter qualquer resultado.
Neste ponto, porém, as versões diferem. O embaixador russo na França, Aleksandr Orlov, disse à rádio francesa Europe 1, que o copiloto resgatado teria conseguido inicialmente escapar de seus perseguidores e que depois foi acolhido por militares sírios.
Os soldados da divisão síria, junto com o piloto, teriam levado duas horas até conseguir chegar a um território seguro para poder então enviá-lo à base da Força Aérea russa na Síria.