Que ninguém se engane, diz o escritor americano Stephen Lendman: ao derrubar o caça russo Su-24, a Turquia cometeu um ato claro de guerra contra uma nação que não é inimiga.
Sputnik
É ingênuo, contudo, acreditar que o Presidente Erdogan, que autorizou os disparos que derrubaram o caça russo, agiu sozinho, reforça Lendman. Em seu mais recente artigo para a Global Research, o autor chama atenção para o fato de que Ancara obviamente mente sobre a entrada da aeronave russa no espaço aéreo turco e sobre as várias advertências dadas por pilotos turcos - a versão foi amplamente aceita como verdade por líderes ocidentais da oficiais da OTAN.
F-16 Fighting Falcon da Turquia © flickr.com/ UK Ministry of Defence |
"Como já deixamos claro seguidas vezes, estamos solidários à Turquia e apoiamos a integridade territorial da Turquia, nossa aliada na OTAN", afirmou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, após uma reunião de emergência solicitada por Ancara.
Stoltenberg também afirmou: "Já expressei anteriormente minhas preocupações com as implicações das ações militares da Federação Russa perto das fronteiras da OTAN."
Lendman reforça que Washington dita a política da OTAN e que as declarações da Aliança claramente refletem os interesses dos Estados Unidos.
Washington e a OTAN imediatamente tomaram o lado da Turquia após o episódio, ignorando o comunicado oficial da Rússia e das Forças de Defesa Aérea da Síria, assim como dados de monitoramento que confirmam que a aeronave russa não entrou no espaço aéreo da Turquia.
Além disso, o co-piloto resgatado, capitão Murahtin, confirmou que não houve violação do espaço aéreo turco e que não houve advertências visuais ou por rádio por parte da Turquia antes do ataque ao Su-24.
Segundo Lendman, contudo, a OTAN não parece interessada em descobrir a verdade. Para ele, o discurso de Stoltenberg "explicitamente endossa o ato de guerra contra a Rússia."