Os embaixadores John Bass, dos EUA, e Andrei Karlov, da Rússia, foram convocados na terça-feira, 13, ao ministério turco das Relações Exteriores em função da ajuda militar que, segundo Ancara, estaria sendo prestada por ambos os países a combatentes curdos na Síria.
Sputnik
"Os embaixadores foram advertidos sobre a inadmissibilidade da ajuda militar à União Democrática curda" – revelou à Sputnik um representante oficial da diplomacia turca.
© REUTERS/ Murad Sezer |
O primeiro-ministro turco já havia alertado os EUA sobre o fornecimento de armamentos ao Partido da União Democrática (PYD), dos curdos, na Síria. Na opinião de Ancara, o PYD está diretamente ligado ao Partido turco dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que em 1984 iniciou uma rebelião armada na Turquia e hoje está proibido naquele país.
Os EUA anunciaram no início desta semana terem fornecido armas às forças do PYD que lutam contra a organização terrorista do Estado Islâmico na região norte da Síria.
Anteriormente, o chefe do ministério russo para Relações Exteriores, Sergei Lavrov, havia declarado que a Rússia só fornece armamentos aos curdos, que lutam contra EI, por intermediário do governo do Iraque.
A Rússia realiza desde 30 de setembro, mediante solicitação do governo de Bashar Assad, uma operação militar de ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico na Síria.
Em recente entrevista à Sputnik, o alto representante do Partido da União Democrática (PYD) dos curdos sírios, Sihanok Dibo, manifestou apoio à luta russa contra o Estado Islâmico e apresentou do plano concreto de cooperação com a Rússia na luta contra esta organização terrorista.
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