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31 outubro 2015

Tropa de elite da Marinha do Brasil faz treinamento no sertão do RN

Ao todo, nove fuzileiros navais participam do Curso de Comandos Anfíbios.
Militares percorreram 40 quilômetros entre a mata seca do interior potiguar.


Fred Carvalho | G1 RN

Um grupo de fuzileiros navais participou de um curso especial de Comandos Anfíbios entre a terça (27) e esta quinta-feira (29). Ao todo, os militares percorreram 40 quilômetros entre os arbustos secos e cactos cheios de espinhos entre as cidades de Lajes e Cerro Corá, na região central do Rio Grande do Norte. Dos 43 fuzileiros que iniciaram o curso, apenas nove continuam tentando entrar nos Comandos Anfíbios, que é uma tropa de elite da Marinha do Brasil.

Fuzileiros participaram de curso especial no sertão do Rio Grande do Norte (Foto: Elias Medeiros/G1)
Fuzileiros participaram de curso especial no sertão do Rio Grande do Norte (Foto: Elias Medeiros/G1)

O exercício simulou a captura de criminosos na região da caatinga. "No curso, os homens passam por avaliação física, de saúde e psicológica. Dos 43 que iniciaram o curso este ano, restaram apenas nove e esse número ainda pode diminuir", falou o capitão-de-corveta Fabrício Barroso. "A missão nesse simulado aqui no sertão do Rio Grande do Norte é capturar criminosos após uma denúncia. Eles foram soltos na cidade de Lages e tiveram que andar entre a mata seca por 40 quilômetros até achar o alvo na cidade de Cerro Corá. Além da vegetação, o solo aqui é rochoso, o que dificulta o avançar da tropa. Mas o que mais castiga é sol forte, o céu sem nuvens com um calor intenso durante todo o dia", completou.

Os Comandos Anfíbios são preparados para realização de operações especiais. Ao iniciarem o exercício, cada aluno carrega um fuzil 762 que pesa cerca de 4,5 quilos e uma mochila pesando 30 quilos. "Eles levam um pacote com rações suficiente para 24 horas, água e baterias para comunicação. Como todo o exercício dura quase 48 horas, eles devem arranjar comida e água na caatinga, o que é muito difícil", frisou o comandante Barroso.

Para conseguirem alimento e água extras, eles foram instruídos a comerem os cactos da região. "Mostramos aos homens como se obter alimento no meio dessa seca toda, com escassez quase que total de recursos. Eles estão capacitados a coletarem cactos, como xique-xique, palma e coroa-de-frade, a retirarem os espinhos e comerem esses vegetais. Sabemos que isso não é suficiente para alimentar um homem, mas eles devem estar preparados para agir assim em uma situação de sobrevivência", falou o sob-oficial Martins de Souza.

Para o exercício, a Marinha do Brasil disponibiliza uma estrutura paralela para atender urgências dos alunos. "Há o risco de desidratação por causa do calor aqui nessa região. Caso alguém passe mal e queira desistir do treinamento, temos todo um aparato médico e de resgate para esses alunos", frisou o comandante Barroso. A Marinha aproveita o exercício para fazer uma ação social, distribuindo água potável em carros-pipa na região onde há o teinamento.

O exercício simulado foi iniciado na manhã da terça e concluído às 5h desta quinta. "De um modo geral, o treinamento na caatinga do Rio Grande do Norte foi exitoso. Os fuzileiros conseguiram capturar o inimigo. Agora vamos para outro estado, onde esses militares passarão por outro tipo de preparação", concluiu. O curso é ministrado no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo, no Rio de Janeiro, com duração de 25 semanas.

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