O representante da Rússia na União Europeia, Vladimir Chizhov, pediu nesta sexta-feira que os países europeus contribuam na luta contra o Estado Islâmico e ajudem a restaurar a economia da Síria.
Sputnik
"Não é por acaso que em nossa capital, Moscou, já tenham se reunido duas vezes representantes de diversos grupos do governo e de oposição sírios para discutir uma solução política da crise interna", destacou, afirmando ainda que nessa etapa "o aporte da União Europeia contra o Estado Islâmico poderia mostrar-se muito útil, inclusive (…) seu aporte ao restabelecimento econômico da Síria."
O diplomata também convocou a UE a "abster-se de sinais ambíguos" na luta que a Rússia trava contra o grupo terrorista. A frase é uma referência à reação da Europa após o início dos ataques da aviação russa na Síria. Para Chizhov, a opinião da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, é "muito neutra e cautelosa."
Na última quarta-feira, aviões russos começaram a bombardear posições do Estado Islâmico e outras organizações terroristas na Síria a pedido do presidente do país, Bashar Assad. A Rússia só usará sua aviação e, em nenhum caso, executará ações terrestres. A operação terá um prazo determinado, esclareceu anteriormente o chefe da administração do Kremlin, Sergei Ivanov.
A coalizão internacional, encabeçada pelos Estados Unidos, realiza ataques aéreos na Síria desde 2014, mas sem a permissão do governo do país nem aval do Conselho de Segurança da ONU.
Desde 2011, a Síria é cenário de um conflito interno que já deixou cerca de 220 mil mortos, segundo os dados mais recentes da ONU.