Um membro do parlamento da Síria, Sharif Shehadeh, disse que a decisão dos EUA de enviar tropas para o país é uma "agressão", pois não houve acordo com o governo.
Sputnik
Um membro do parlamento da Síria, Sharif Shehadeh, disse que a decisão dos EUA de enviar tropas para o país é uma "agressão", pois não houve acordo com o governo.
© AFP 2015/ FILIPPO MONTEFORTE |
Segundo Shehadeh, a presença das tropas não terá efeito, mas Washington quer dizer que está presente na Síria.
Os EUA decidiram enviar 50 tropas especiais para auxiliar as forças curdas e árabes no norte da Síria no combate ao Estado Islâmico. A coalizão liderada pelos EUA contra o grupo extremista tem feito ataques aéreos desde setembro de 2014, matando 12 mil membros, mas sem enfraquecer o grupo.
A decisão norte-americana de enviar as tropas para a Síria veio um mês após a Rússia iniciar ataques aéreos contra os insurgentes no país. Os ataques russos tiveram aprovação do governo sírio.
O acordo de paz na Síria foi o tema de discussão, realizada ontem, entre os chefes da diplomacia dos EUA, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e Irã, que resultou em um documento de uma página com nove cláusulas, entre as quais estavam a manutenção da unidade territorial do país, de suas instituições e do caráter secular do Estado sírio. Além disso, foi reforçado o princípio já definido nas conferências de Genebra 1, de 2012, e Genebra 2, de 2014, de que a transição será realizada com a convocação de uma nova assembleia constituinte e eleições supervisionadas pela ONU.
O principal ponto de impasse está no futuro de Bashar al-Assad, cuja manutenção no poder é defendida por Rússia e Irã e descartada por EUA, Europa e Arábia Saudita. Um novo encontro entre os chanceleres deve ocorrer dentro de 15 dias, em Viena, na Austria.
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