A presença militar russa no Mediterrâneo é uma preocupação para a segurança da OTAN, afirmou nesta terça-feira o almirante Mark Ferguson, líder do Comando de Força Aliada Conjunta.
Sputnik
"Esta remilitarização da política de segurança russa fica evidente pela construção de um 'arco de aço' do Ártico até o Mediterrâneo, começando em suas novas bases no Ártico até Kaliningrado no Báltico e a Crimeia no Mar Negro", afirmou Ferguson no Conselho do Atlântico, em Washington.
Almirante Mark Ferguson © flickr.com/ Jim Greenhill |
O comandante americano disse ainda que a Rússia introduziu sistemas de mísseis antiaéreos e novas plataformas por estar "construindo a capacidade de projetar força no domínio marítimo. Sua base na Síria agora lhes dá a oportunidade de fazer o mesmo no leste do Mediterrâneo."
Ferguson afirmou que recentemente a OTAN vem observando uma "manifestação de uma Marinha da Rússia mais agressiva e mais capaz", que está sendo utilizada para se concentrar nos mares que cercam a Rússia, assim como no Atlântico e no Mediterrâneo.
As declarações do comandante da Marinha americana vêm em um período em que os EUA vêm conduzindo exercícios navais multinacionais na região, inclusive com a Ucrânia, em um esforço para garantir aos aliados da OTAN que é possível responder com rapidez à suposta ameaça russa.
Como resposta, a Rússia alertou a OTAN de que a presença da Organização cada vez mais próxima às fronteiras russas é vista como uma atitude provocadora e uma ameaça à segurança regional.
"A intenção deles (Rússia) é ter a capacidade de possuir forças marítimas operando nessas áreas e, portanto, impedindo operações da OTAN", opinou Ferguson.