Na altura em que os membros da comunidade internacional podem dar passos significativos para apoiar a Síria na luta contra os extremistas islâmicos, a OTAN decidiu adotar uma retórica violenta, opina o especialista.
Sputnik
Em geral, uma resposta simples à pergunta sobre o que a Aliança do Atlântico Norte está fazendo na Síria seria “nada”, disse o jornalista Artem Aslanyan. “Os representantes da OTAN principalmente criticam o regime de Assad e os ataques aéreos russos na Síria”.
À aliança falta uma estratégia universal em relação à Síria. Os países-membros da OTAN não conseguiram apresentar uma durante a última cúpula da OTAN em setembro de 2014. Naquela altura, a guerra civil na Síria que já durava por anos e as atividades do Estado Islâmico eram ofuscadas pelo conflito na Ucrânia.
A partir daquele momento, pouco mudou.
“Quanto à Síria, a OTAN limita as suas atividades à missões de monitorização e prefere contar com a chamada oposição moderada para se opor ao regime sírio e o Estado Islâmico”, notou Aslanyan.
No presente momento dezenas de países fazem parte da coalizão liderada pelos EUA, que visa derrotar o Estado Islâmico, todavia os seus resultados são modestos.
A OTAN “não aspira a assumir responsabilidade duma intervenção aberta na Síria como aconteceu na Líbia em 2011”, o acrescentou o jornalista.
Há uma esperança que o deplorável estado atual na Líbia sirva como um aviso contra ações semelhantes em outros países.
O jornalista propôs uma outra explicação. Por um lado, a Carta da organização proíbe intervir em assuntos internos dos países soberanos, disse Aslanyan numa entrevista a Euronews. Por outro lado, o Irã, Hezbollah e a Rússia estão apoiando Damasco.
“Consequentemente a posição interna da OTAN sobre a Síria lembra mais uma cacofonia do que esforços juntos e coordenados”, afirmou.