Inquérito comprovou irregularidades no processo de seleção
Assessoria de Comunicação | Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
O Ministério Público Federal em São Paulo recomendou à Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) que suspenda o resultado do concurso público para o cargo de técnico em desenvolvimento de tecnologia nuclear – operador de processo I, realizado em 2014. O inquérito instaurado para apurar irregularidades no certame revelou que a pontuação final foi calculada de forma contrária às regras que constam no edital. O MPF também reivindica uma nova classificação dos candidatos e a divulgação das medidas adotadas.
De acordo com as investigações, a Amazul realizava a fase do teste de aptidão física (TAF) de forma classificatória e eliminatória. A nota era somada à pontuação da prova objetiva a fim de obter o resultado final. Porém, o edital de abertura é claro ao definir que o TAF é de caráter eliminatório, de forma que os candidatos reprovados nesta etapa não tenham classificação no concurso. A instituição também não realizava a prova de títulos, fase prevista no edital como de caráter classificatório e que deveria ser feita após a realização da prova objetiva.
O MPF recomenda ainda que a Amazul anule a contratação dos candidatos já nomeados e que convoque aqueles que foram aprovados na reclassificação. A instituição tem 10 dias para informar se irá acatar as medidas recomendadas. A Amazul é uma empresa pública federal voltada ao desenvolvimento de tecnologias para o Programa Nuclear Brasileiro e para o setor nuclear da Marinha. A recomendação foi expedida pelo procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira.