Deputados da câmara alta do parlamento afegão se pronunciaram em prol da revisão do acordo de segurança ente Cabul e Washington firmado no ano passado.
Sputnik
Vale lembrar que na véspera, mais de 10 funcionários da polícia de drogas morreram na consequência do ataque aéreo da OTAN na província Helmand. Tomando em conta a deterioração geral da situação no país, os deputados expressaram as suas dúvidas quanto ao acordo dizendo que não é razoável e benéfico para o Afeganistão.
© Foto: US Army / Staff Sgt. Shane Hamann |
Um dos deputados do partido Solidariedade do Afeganistão Haji Mohammad Ayudu comentou o assunto para a Sputnik e disse que o acordo com os EUA não correspondeu às suas esperanças de melhorar a situação.
“O Afeganistão não está protegido nem dos terroristas, nem das próprias unidades da OTAN, o que se revelou no acidente em Helmand. Além disso, o nosso exército precisa de material bélico; não vale a pena mencionar a economia fraca”, opina Haji Mohammad Ayudu.
O deputado comparou o Afeganistão com um trampolim usado por terroristas na transferência para a Ásia Central e depois para a Rússia.
No entanto, o deputado precisou que não era preciso se despachar:
“Ambas as câmaras do parlamento devem se reunir, avaliar a situação atual e tomar uma decisão razoável que favorece a segurança do país”.
Em 30 de setembro de 2014 Cabul e Washington assinaram o acordo de segurança, segundo o qual no país estavam presentes 8-13 mil especialistas militares que deviam lutar contra a organização terrorista Talibã e treinar as forças de segurança locais.