A informação de que a Rússia está testando a mais recente adição à sua frota submarina, o submarino nuclear BS-64 Podmoskovie, aparentemente fez os analistas ocidentais tentar saber quais as capacidades do BS-64 nas missões de muitos meses em águas profundas do oceano.
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O BS-64, anteriormente conhecido como K-64, não é um novo submarino, mas passou mais de 15 anos em uma fábrica de reparo localizada na cidade portuária russa de Severodvinsk.
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O Podmoskovie é capaz de transportar uma tripulação de 135 homens e está armado com mísseis balísticos de combustível líquido R-16 29RMU Sineva. O BS-64 passará a integrar a Frota do Norte russa.
O submarino, propulsado por dois reatores nucleares, foi convertido em um navio projetado para realizar investigação científica, podendo servir ainda como “nave-mãe” para minissubmarinos em águas profundas, incluindo o submarino superconfidencial Losharik.
A nova seção permite ao submarino instalar e retirar embarcações em águas profundas e inclui um departamento de pesquisa.
O BS-64 "parece ser um navio parcialmente científico, parcialmente navio-espião, parcialmente navio de informações, e parcialmente 'nave-mãe' para minissubmarinos e aviões. Mas ninguém fora do Kremlin e da futura tripulação sabe ao certo," diz o especialista militar David Axe no artigo intitulado "O novo submarino misterioso da Rússia."
Norman Polmar, um especialista em questões navais e de inteligência, demonstrou grande interesse pelo Podmoskovie, alertando que seria um erro subestimar os engenheiros russos.
"Eles são sempre muito mais inovadores do que nós", diz Norman Polmar, citado por David Axe. O especialista naval, que foi consultor do governo dos EUA na estratégia de submarinos, fala por experiência própria porque ele visitou empresas russas que desenvolvem submarinos.