As novas armas da China, incluindo os mais mortíferos mísseis balísticos intercontinentais e o “matador de porta-aviões” podem ser vistos pela primeira vez durante o próximo ensaio da parada militar que comemora 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.
Sputnik
Os observadores do poder militar chinês poderão ficar surpreendidos. Parece que Pequim irá demostrar uma das suas tecnologias de mísseis mais impressionantes, que consegue inclusive fazer frente à Marinha dos EUA em caso de conflito militar entre os dois países. Se tudo der certo, vamos dar uma olhada no futuro, diz o analista militar Harry Kazianis.
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O grande espetáculo militar terá lugar em 3 de setembro e vai mostrar as armas mais modernas, incluindo vários mísseis. No total deverão ser exibidos sete tipos de mísseis, entre os quais os mísseis balísticos intercontinentais DF-5, DF-26, mísseis de médio alcance DF-21D. Os mísseis balísticos capazes de destruir porta-aviões são os que suscitam maior interesse.
Os DF-5, também conhecidos como Dongfeng 5, têm um alcance de cerca de 15.000 km. Eles são utilizados desde os anos 1980 e em 2015 foram modernizados para transportar mísseis de reentrada múltipla independentemente direcionados (MIRV).
Mas Harry Kazianis chama a atenção para os DF-21D supersónicos, conhecidos como "matadores de porta-aviões".
"Os DF-21D atacam o alvo, um navio ou porta-aviões, à velocidade de 10 a 12 Mach. A maioria das fontes afirma que os mísseis podem atacar navios à distância de cerca de 1.600 km, superando o raio de ataque das aeronaves norte-americanas ao bordo dos porta-aviões existentes", diz o investigador no seu artigo intitulado "Exibição: O plano da China de afundar a Marinha dos EUA".
Os mísseis DF-26, versão modernizada dos DF-21, alegadamente são capazes de atingir o território da ilha norte-americana de Guam, onde se localizam algumas bases militares dos EUA.
Pequim abandona a tradição de não exibir as suas melhores armas. Até agora, a China não demonstrava o que a mídia chinesa chamava de "armas sensacionais". Este passo significa que "a China tem mais confiança no seu poder militar e [cria uma imagem de] potência mundial responsável", disse o oficial superior Shao Yongling ao Global Times.