Centenas de habitantes de Donetsk reuniram-se perto do hotel Park Inn para manifestar insatisfação do trabalho da Missão Especial de Monitoramento da OSCE, transmite do local um jornalista da RIA Novosti.
Sputnik
Os manifestantes verteram pintura vermelha e perto da entrada principal do hotel e colocaram na pintura brinquedos para crianças. Isto devia atrair atenção dos representantes da OSCE ao fato que a população civil de Donetsk, apesar da trégua, ainda sofre dos bombardeamentos realizados pelas Forças Armadas ucranianas.
“O vosso silêncio está matando crianças”, diz-se num dos cartazes nas mãos de manifestantes.
© AFP 2015/ JOHN MACDOUGALL |
“Se apenas a OSCE monitorasse a situação de uma maneira mais objetiva, teríamos paz aqui há muito tempo… Os monitores da OSCE não nos dizem nada, só dizem que irão fazer protocolos e nada mais”, disse um dos manifestantes, citado pela Agência de Notícias de Donetsk.
Outro participante do protesto da cidade de Gorlovka critica os representantes da OSCE por terem a boca fechada quando o exército ucraniano estavam reduzindo a sua cidade a escombro.
Os representantes da OSCE saíram para conversar com os residentes de Donetsk. Neste momento forma-se um grupo de iniciativa que irá apontar todas as exigências dos manifestantes e apresentará a lista à OSCE.
Além disso, um representante do Ministério da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk disse à RIA Novosti que a missão da OSCE planeja visitar a aldeia de Primorskoe que fica perto da linha de contato entre as tropas ucranianas e as milícias para fixar os danos que surgiram na sequência de bombardeios por parte do exército da Ucrânia.
Kiev está realizando, desde meados de abril, uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado que teve lugar em fevereiro de 2014 em Kiev.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.
Apesar da trégua, confrontos locais, inclusive com uso de armas pesadas proibidas pelos acordos, continuam. Um Grupo de Contato trilateral (Rússia, Ucrânia e OSCE) está encarregado de buscar uma solução para a crise.
Segundo os dados da ONU, o conflito já levou as vidas de cerca de 6,5 mil pessoas.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.
Apesar da trégua, confrontos locais, inclusive com uso de armas pesadas proibidas pelos acordos, continuam. Um Grupo de Contato trilateral (Rússia, Ucrânia e OSCE) está encarregado de buscar uma solução para a crise.
Segundo os dados da ONU, o conflito já levou as vidas de cerca de 6,5 mil pessoas.