O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Timo Soini, espera que os EUA expliquem a sua decisão de incluir dois cidadãos finlandeses na sua lista de sanções em relação à Rúsisa, divulgada na tarde da quinta-feira (30).
Sputnik
Soini afirmou que “as causas da aplicação das sanções interessam tanto o Ministério das Relações Exteriores da Finlândia, como os próprios cidadãos que tornaram-se alvo destas sanções”.
Primeiro-Ministro da Finlândia Timo Soini © AFP 2015/ ANTTI AIMO-KOIVISTO / LEHTIKUVA |
Os empresários Roman Rotenberg (que “tem dupla cidadania, a russa e a finlandesa”, segundo o documento) e Kai Paananen (de nacionalidade finlandesa) fazem parte da nova lista das sanções.
Entre as empresas ou sucursais situadas na Finlândia, constam na lista da Tesouraria dos EUA Airifx Aviation, Langvick Capital, SET Petrochemicals, SouthEast Trading. Além disso, há a MAKO Holding, de Donetsk (Ucrânia), e duas empresas cadastradas no Chipre, IPP Oil Products e SouthPort Management Service.
Todos os ativos dos integrantes da lista das sanções que possam estar na jurisdição dos EUA podem ficar congelados, sendo os cidadãos norte-americanos proibidos de estabeleceram contato comercial com eles.
O ministro Timo Soini assegurou que a Finlândia não tem objeções no que toca à legalidade das sanções do ponto de vista da legislação dos EUA. Porém, demanda explicações sobre a composição da lista, para saber quais seriam as consequências para a Finlândia.
A Finlândia, como membro da União Europeia, aderiu às sanções contra a Rússia. Recentemente, tal atitude provocou um escândalo, quando foi negado o acesso à delegação russa a uma reunião da OSCE. Depois, o representante da OSCE, o finlandês Ilkka Kanerva, disse ao presidente da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Sergei Naryshkin, que iria mediar uma diminuição temporal das sanções contra a Rússia para reuniões da Assembleia Parlamentar da OSCE.
Na tarde da quinta-feira (30), o Ministério das Finanças dos Estados Unidos divulgou uma lista de sanções em relação a 11 pessoas físicas e 15 pessoas jurídicas. A justificativa para a medida é o conflito na Ucrânia, particularmente “a atividade na região da Crimeia da Ucrânia”.
A Crimeia cessou de ser uma parte da Ucrânia em 16 de março, quando a população desta península votou em um referendo a favor da independência. Depois, este território passou a integrar a Rússia, cumprindo assim a vontade do povo, também expressa nesse referendo.