Mesmo durante a conferência em Genebra, a trégua não chega ao Iêmen.
Sputnik
Nesta terça-feira, uma delegação dos rebeldes houthis deve chegar à Suíça para participar das negociações sobre a paz, convocadas pela ONU em Genebra. Além deles, outros grupos de oposição iemenita irão participar do diálogo.
© AFP 2015/ FABRICE COFFRINI |
No entanto, os bombardeios da coalizão árabe não cessam apesar dos apelos à paz da ONU. Além disso, as partes nem mostram sinais de vontade de dialogar.
"Falando simplesmente, tem duas salas e um moderador especial irá se deslocar entre elas", informou uma fonte no Estado-Maior general das Nações Unidas em Genebra.
As negociações começaram com um atraso de mais de uma semana, devido à hesitação tanto do governo iemenita no exílio, de Abd Rabbo Mansour Hadi, como das frações da oposição, inclusive o movimento Ansar Allah (houthis), o Congresso Geral dos Povos (GPC, na sigla em inglês), do ex-presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, e outras.
Vários observadores comentam que as negociações com moderação internacional não contribuirão muito para a pacificação do conflito no Iêmen, pois trata-se de interferência externa. E o conflito já conta com uma intervenção externa, visto que o país é bombardeado por uma coalizão internacional liderada pela Arábia Saudita e com o apoio dos Estados Unidos.
A opção mais relevante seria a mais drástica (para as partes): cessar os combates por um período e sentar-se à mesa do diálogo nacional. Talvez fosse é o que deveria fazer a Arábia Saudita, em vez de lançar campanha militar a pedido do presidente exilado contra o próprio país dele.
Mas como fazê-lo se as partes se recusam a falar cara a cara e se os países já envolvidos nas ações militares no Iêmen não querem deixar de combater?