Os EUA precisarão aderir novamente à corrida armamentista para não abrir mão de sua superioridade frente a outros países, escreve o periódico inglês The Economist.
Sputnik
A publicação destaca que a velha regra geopolítica de "não se meter com os Estados Unidos" deixou de ter o mesmo peso de antigamente. E apesar de o exército dos EUA continuar sendo o mais bem equipado do mundo, suas vantagens tecnológicas podem ser facilmente invalidadas.
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"Estamos entrando numa era em que a supremacia norte-americana nos mares, céus e no espaço, isso sem falar no espaço cibernético, não pode mais ser considerada como um fato" – reconheceu no ano passado o chefe do Pentágono Chuck Hagel.
Nas suas palavras, os EUA devem desenvolver com urgência tecnologias militares de nova geração, antes que um outro país possa fazer frente a eles nesse sentido.
Apesar de as tecnologias norte-americanas terem se modernizado, as mesmas também tornaram-se mais disponíveis para outros países. Além disso, nos últimos anos, os EUA pararam de desenvolver soluções novas, concentrando seus esforços principalmente em tecnologias de blindados e aparelhos não tripulados.
O artigo destaca que nesse meio tempo, a China conseguiu criar seus próprios mísseis, submarinos, armas anti-satélite, caças, sistemas de defesa aérea, entre outros. E Rússia também está modernizando suas forças armadas, sendo hoje capaz de fazer frente aos sistemas norte-americanos.
Assim, de acordo com a publicação, o exército dos EUA possui atualmente 5 pontos fracos:
1. Os navios da Marinha norte-americana tornaram-se vulneráveis a mísseis inimigos lançados de terra.
2. Está cada vez mais difícil para os EUA protegerem suas bases aéreas regionais de ataques surpresa.
3. A aviação norte-americana tem dificuldades para detectar estações móveis de mísseis.
4. Os modernos sistemas de defesa aérea podem derrubar um avião norte-americano a partir de grandes distâncias.
5. Os satélites de espionagem tornaram-se vulneráveis a ataques.
Na opinião do The Economist, os EUA precisam dar um novo salto em tecnologias militares. Estas, no entanto, devem se revelar extremamente custosas para seus rivais. Apesar disso, mesmo se o Pentágono receber financiamento para novos desenvolvimentos e conseguir implantá-los, os mesmos não serão suficientes para garantir a supremacia militar de Washington. As tecnologias estão se difundindo com uma rapidez crescente, e a Internet – cria do próprio Pentágono – é em grande parte responsável por isso, conclui o artigo.