Os ministros da Defesa da OTAN decidiram ampliar o efetivo de suas forças de reação rápida, que passarão a contar com 40 mil soldados, informou nesta quarta-feira o secretário geral da Aliança, Jens Stoltenberg.
Sputnik
"Decidimos reforçar a potência e a capacidade da força de reação da OTAN, incluindo os componente aéreo, marinho e as forças especiais. No total, elas estarão formadas por 40 mil soldados efetivos", disse Stoltenberg. O secretário afirmou ainda que trata-se de um grande aumento em comparação com os 13 mil militares que integravam as forças da OTAN anteriormente.
Soldados dos EUA na Lituânia © AP Photo/ Mindaugas Kulbis |
Durante o encontro de fevereiro deste ano, a Aliança anunciou que o contingente de 13 mil soldados seria ampliado para 30 mil.
O líder da OTAN assegurou que sua organização "estuda detalhadamente a atividade nuclear da Rússia, inclusive seu discurso" a respeito, já que "os problemas nucleares são muito sérios."
"A atividade nuclear, os investimentos da Rússia em novas possibilidades nucleares, assim como as manobras atômicas que Moscou pratica nessa esfera, são parte de um panorama mais amplo, no qual a Rússia se comporta de maneira agressiva", ressaltou Stoltenberg.
Segundo o secretário geral da Aliança, a OTAN "já está respondendo de maneira cuidadosa e responsável à conduta da Rússia."
Stoltenberg afirmou ainda que o "conceito estratégico" de sua organização não sofreu mudanças no momento em relação à Rússia. Ele ressaltou que a OTAN não busca "um confronto" nem pretende fomentar "uma nova corrida armamentista." "Não discutimos hoje, mas podemos voltar a essa questão caso seja necessário", disse o secretário.
Os ministros da Defesa também aprovaram a criação de novos Estados Maiores "pequenos", de cerca de 40 oficiais, em Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia e Romênia. Também houve um acordo para desenvolver a capacidade de defesa da Moldávia.