O ministro das Relações Exteriores da Grã Bretanha Philip Hammond classificou como prematuras as declarações sobre uma "invasão de larga escala" da Ucrânia pela Rússia em um futuro próximo, sobre a qual o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko falou há dias.
Sputnik
O governo britânico opina que a suposta invasão russa da Ucrânia não acontecerá. A declaração respetiva foi feita por Hammond em entrevista ao canal de TV britânico BBC.
Philip Hammond © AFP 2015/ RADIM BEZNOSKA |
"Houve alguns sinais de alerta de aumento dos níveis de atividade por parte das forças russas e por parte dos separatistas pró-russos. A nossa opinião é seguinte: não há provas claras de que as previsões sobre um suposto ataque por parte da Rússia ou separatistas pró-russos se concretizarão."
Segundo o chanceler britânico, a União Europeia pretende continuar a política de sanções como uma lembrança de que os Acordos de Minsk devem ser respeitados.
Philip Hammond está preocupado com o fato de a Rússia estar desenvolvendo uma "doutrina de guerra assimétrica", usando determinadas táticas no leste da Ucrânia e "colocando um número muito grande de mísseis em Kaliningrado" — próximo à Polônia.
Ao mesmo tempo ele disse que os EUA e a União Europeia devem agir com muita cautela nas suas tentativas de responder à Rússia, inclusive na questão de mísseis baseados em terra. Por um lado, a OTAN deve demonstrar a capacidade de proteger a "linha vermelha", e por outro — evitar provocações desnecessárias contra Moscou.
É curioso que a OTAN se sinta ameaçada pela Rússia, porque, segundo declarou este sábado (6 de maio) o presidente russo, Vladimir Putin, as despesas militares somadas dos países-membros da OTAN são 10 vezes superiores aos gastos militares da Rússia.