O Ocidente prometeu à Rússia não expandir a OTAN ao leste europeu. A expansão agora chega às fronteiras russas, tornando o cenário mais tenso, afirmou à Sputnik o acadêmico Jonathan Power.
Sputnik
Professor associado na Fundação Transnacional para Paz e Pesquisas Futuras, Jonathan Power falou à Sputnik sobre a direção perigosa que o mundo está tomando por causa da expansão da OTAN.
Professor associado na Fundação Transnacional para Paz e Pesquisas Futuras, Jonathan Power falou à Sputnik sobre a direção perigosa que o mundo está tomando por causa da expansão da OTAN.
O Ocidente uma vez prometeu à Rússia que não expandiria a OTAN até o leste europeu. No entanto, a promessa foi quebrada quando o Presidente Bill Clinton decidiu expandir a entrada na OTAN aos ex-integrantes do Pacto de Varsóvia da União Soviética.
"Vem acontecendo desde o tempo de Bill Clinton. O que é extraordinário, para mim, sobre o Presidente Clinton é que de um lado ele estava tentando construir uma relação com o Presidente Yeltsin e teve algum sucesso com isso, mas pediu a expansão da OTAN. Desde então, apesar das críticas, a expansão continuou. Agora ela chega a todas fronteiras da Rússia."
Power afirmou também que o mundo corre perigo de rumar para um grande choque militar. Apesar de não concordar com tudo que é falado e feito pelo lado russo, o analista critica o Ocidente com mais ênfase.
"Nós, no Ocidente, apoiamos elementos de Direita na Ucrânia durante o protesto, mais de um ano atrás. Não forçamos Poroshenko a dizer alto e claro que integrar a OTAN não é uma possibilidade. Não temos Obama esclarecendo isso. Nem os outros líderes do Ocidente estão deixando isso claro. Entendo o ponto de vista da Rússia de que o país se sentirá ameaçado até que tudo isso fique claro."
Power também fala sobre como a Rússia tem a impressão de estar sendo subestimada pelo Ocidente. As atitudes recentes vão de encontro a todas as promessas do fim da guerra fria, perto de 1990, feitas por oficiais do Ocidente, pelo secretário de Estado americano, James Baker, e por Jack F. Matlock, que era o embaixador americano em Moscou na época.
As promessas também foram feitas pelos ministros de Relações Exteriores do Reino Unido e da Alemanha. Todos foram muito claros quando afirmaram que a OTAN não passaria por um processo de expansão.
"Todos sabemos que a OTAN expandiu e estamos vivendo com algumas consequências muito sérias. Acho que o Ocidente nos levou — particularmente os EUA com a cumplicidade europeia — a uma política perigosa e contraproducente."
"Vem acontecendo desde o tempo de Bill Clinton. O que é extraordinário, para mim, sobre o Presidente Clinton é que de um lado ele estava tentando construir uma relação com o Presidente Yeltsin e teve algum sucesso com isso, mas pediu a expansão da OTAN. Desde então, apesar das críticas, a expansão continuou. Agora ela chega a todas fronteiras da Rússia."
Power afirmou também que o mundo corre perigo de rumar para um grande choque militar. Apesar de não concordar com tudo que é falado e feito pelo lado russo, o analista critica o Ocidente com mais ênfase.
"Nós, no Ocidente, apoiamos elementos de Direita na Ucrânia durante o protesto, mais de um ano atrás. Não forçamos Poroshenko a dizer alto e claro que integrar a OTAN não é uma possibilidade. Não temos Obama esclarecendo isso. Nem os outros líderes do Ocidente estão deixando isso claro. Entendo o ponto de vista da Rússia de que o país se sentirá ameaçado até que tudo isso fique claro."
Power também fala sobre como a Rússia tem a impressão de estar sendo subestimada pelo Ocidente. As atitudes recentes vão de encontro a todas as promessas do fim da guerra fria, perto de 1990, feitas por oficiais do Ocidente, pelo secretário de Estado americano, James Baker, e por Jack F. Matlock, que era o embaixador americano em Moscou na época.
As promessas também foram feitas pelos ministros de Relações Exteriores do Reino Unido e da Alemanha. Todos foram muito claros quando afirmaram que a OTAN não passaria por um processo de expansão.
"Todos sabemos que a OTAN expandiu e estamos vivendo com algumas consequências muito sérias. Acho que o Ocidente nos levou — particularmente os EUA com a cumplicidade europeia — a uma política perigosa e contraproducente."