Drones russos serão utilizados ao longo da Rota do Mar do Norte a partir do dia 1º de maio para monitorar o clima e a deterioração do gelo na região. Os objetos voadores controlados remotamente também ajudarão na navegação e em missões de resgate.
Sputnik
Os drones - do tipo Orlan-10s do Distrito Militar Leste - serão lançados da Península Chukotka, localizada opostamente à Península Seward, no Alaska.
"A tarefa dos drones é manter controle imparcial da situação na área russa do Ártico, incluindo a situação ecológica e do gelo nas áreas marítimas adjuntas e ao longo da Rota do mar do Norte", afirma o coronel Gordeev, porta-voz do distrito militar.
O plano de monitoramento foi anunciado no fim de 2014, e voos de teste dos drones começaram este ano. O Orlan-10 é um veículo aéreo remoto produzido na Rússia e projetado no Centro Especial tecnológico, em São Petersburgo. Sua velocidade máxima é de 150 km/h, e sua autonomia de voo é de 16 horas sem reabastecer.
Os drones serão transportados por helicópteros Mi-26, e a estação será ocupada por integrantes formados no centro de controle de aviação do Ministério da Defesa.
A Rússia já tem a maior flotilha de navios quebra-gelo do mundo - e os únicos movidos a energia nuclear. A Marinha russa anunciou este mês a criação de seu primeiro navio quebra-gelo diesel-elétrico, que conseguirá quebrar gelo de até 80 centímetros de espessura.
O anúncio da criação da unidade de drones perto da cidade de Anadyr, em novembro, veio alguns meses depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar o estabelecimento de um órgão público especial responsável pela implementação de políticas russas no Ártico e uma rede unificada de instalações navais para receber navios de guerra e submarinos. A intenção é aumentar a proteção dos interesses e das fronteiras da Rússia na região.