A Força Aérea Angolana começará a receber, no fim deste ano, os primeiros caças-bombardeiros SU-30K, de fabricação russa, que pertenceram à aviação de combate da Índia, foram devolvidos a Moscou em 2007, e estão agora sendo modernizados para o modelo “D” em uma unidade de manutenção de aviões militares da cidade de Baranovichi, na República da Bielorússia.
O SU-30K é, na verdade, a versão de exportação do SU-30 original, desenvolvido na década de 1980, também conhecido como SU-30C.
Sukhoi Su-30 |
Já o modelo “D” nunca existiu (não confundir com o SU-33 naval, que as potências ocidentais tratam por Flanker D). Ele foi criado em decorrência do acordo firmado por Moscou com o governo de Luanda, que, a 16 de outubro de 2013, concordou em pagar cerca de 1 bilhão de dólares por um pacote que, além de 18 aeronaves ex-Índia, incluiu armamentos, suprimentos aeronáuticos, treinamento, documentação técnica (em português) e a construção, em território angolano, de uma pequena indústria de munição.
Nesse momento, o serviço de up grade que vem sendo realizado em Baranovichi se concentra em 12 SU-30K. A meia dúzia restante será convertida em seguida. Todo o lote deverá estar voando com as insígnias da Força Aérea Nacional de Angola (FAN) até o primeiro trimestre de 2017.
As aeronaves serão entregues com melhorias na aviônica que objetivam conferir ao velho projeto do SU-30C alguma capacidade stealth, e modificações no grupo propulsor que têm por finalidade reduzir o consumo de combustível.
A aviação militar angolana opera, há vários anos, cinco tipos de aviões de combate fabricados na Rússia, entre treinadores a jato, aeronaves de interceptação, de superioridade aérea e de ataque ao solo. Mas o SU-30 é um equipamento relativamente novo no continente africano, fato que deve ser atribuído ao seu alto preço e à complexidade dos seus diferentes sistemas. Uganda foi o primeiro país da chamada África Negra a operá-lo, em 2012. Em janeiro de 2014 ele começou a ser usado pela Força Aérea da Argélia.
Rogozin - A negociação com Angola foi conduzida pelo conhecido vice-premiê russo Dmitry Rogozin, de 51 anos, um político fluente em quatro idiomas que ocupou o cargo de embaixador junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte, e desde dezembro de 2011 cuida das negociações relativas à indústria russa de Material de Defesa.
No Brasil Rogozin ficou famoso há cerca de três meses e meio, quando, por ocasião de uma visita oficial a Brasília – com direito a reuniões no Ministério da Defesa –, resolveu protagonizar um incidente com a direção da Embraer.
Aparentemente incomodado pela forte repercussão do gesto do presidente Barack Obama, de reatar entendimentos diplomáticos com o governo de Cuba, o vice-primeiro ministro russo, valendo-se do fato de Brasil e Rússia serem parceiros no BRICS – e mesmo sabendo que a companhia brasileira não desejava recebe-lo –, insistiu em viajar a São José dos Campos (SP), acompanhado de uma dúzia de assessores, com o objetivo declarado de apresentar à Embraer uma proposta de associação com a indústria aeronáutica de seu país.
Informado de que não poderia ingressar nas instalações da empresa, Rogozin fingiu não se importar: “Não tem incômodo algum, só ficou para nós estranha a posição da Embraer de não querer ampliar seus negócios. Íamos propor a produção conjunto de um avião civil. A Embraer é, na verdade, uma empresa norte-americana, entendemos isso. Mas vamos procurar nos estabelecer no mercado aeronáutico daqui”, advertiu.
MKI - A Rússia vendeu os SU-30K à Índia na metade final da década de 1990, com o compromisso de que as aeronaves poderiam receber modificações por parte da Hindustan Aircraft Limited, principal empresa aeronáutica local.
Mas no começo dos anos de 2000, quando os indianos ajustaram com Moscou o recebimento do modelo SU-30MKI – um jato multifunção de préstimos claramente superiores aos do modelo K –, eles restituíram à Rússia os 18 SU-30K agora transferidos à Força Aérea angolana.
A sigla MKI identifica as aeronaves exportadas para a Índia na década passada. O modelo incorpora canards (aletas estabilizadoras) e uma baia eletrônica que integra aviônicos produzidos na Rússia, Índia, França e em Israel.
Antes de acertar a transferência dos SU-30K para os angolanos, os russos tentaram, sem sucesso, vende-los para a própria Bielorússia, para o Sudão e o Vietnã.
Nesse momento, o serviço de up grade que vem sendo realizado em Baranovichi se concentra em 12 SU-30K. A meia dúzia restante será convertida em seguida. Todo o lote deverá estar voando com as insígnias da Força Aérea Nacional de Angola (FAN) até o primeiro trimestre de 2017.
As aeronaves serão entregues com melhorias na aviônica que objetivam conferir ao velho projeto do SU-30C alguma capacidade stealth, e modificações no grupo propulsor que têm por finalidade reduzir o consumo de combustível.
A aviação militar angolana opera, há vários anos, cinco tipos de aviões de combate fabricados na Rússia, entre treinadores a jato, aeronaves de interceptação, de superioridade aérea e de ataque ao solo. Mas o SU-30 é um equipamento relativamente novo no continente africano, fato que deve ser atribuído ao seu alto preço e à complexidade dos seus diferentes sistemas. Uganda foi o primeiro país da chamada África Negra a operá-lo, em 2012. Em janeiro de 2014 ele começou a ser usado pela Força Aérea da Argélia.
Rogozin - A negociação com Angola foi conduzida pelo conhecido vice-premiê russo Dmitry Rogozin, de 51 anos, um político fluente em quatro idiomas que ocupou o cargo de embaixador junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte, e desde dezembro de 2011 cuida das negociações relativas à indústria russa de Material de Defesa.
No Brasil Rogozin ficou famoso há cerca de três meses e meio, quando, por ocasião de uma visita oficial a Brasília – com direito a reuniões no Ministério da Defesa –, resolveu protagonizar um incidente com a direção da Embraer.
Aparentemente incomodado pela forte repercussão do gesto do presidente Barack Obama, de reatar entendimentos diplomáticos com o governo de Cuba, o vice-primeiro ministro russo, valendo-se do fato de Brasil e Rússia serem parceiros no BRICS – e mesmo sabendo que a companhia brasileira não desejava recebe-lo –, insistiu em viajar a São José dos Campos (SP), acompanhado de uma dúzia de assessores, com o objetivo declarado de apresentar à Embraer uma proposta de associação com a indústria aeronáutica de seu país.
Informado de que não poderia ingressar nas instalações da empresa, Rogozin fingiu não se importar: “Não tem incômodo algum, só ficou para nós estranha a posição da Embraer de não querer ampliar seus negócios. Íamos propor a produção conjunto de um avião civil. A Embraer é, na verdade, uma empresa norte-americana, entendemos isso. Mas vamos procurar nos estabelecer no mercado aeronáutico daqui”, advertiu.
MKI - A Rússia vendeu os SU-30K à Índia na metade final da década de 1990, com o compromisso de que as aeronaves poderiam receber modificações por parte da Hindustan Aircraft Limited, principal empresa aeronáutica local.
Mas no começo dos anos de 2000, quando os indianos ajustaram com Moscou o recebimento do modelo SU-30MKI – um jato multifunção de préstimos claramente superiores aos do modelo K –, eles restituíram à Rússia os 18 SU-30K agora transferidos à Força Aérea angolana.
A sigla MKI identifica as aeronaves exportadas para a Índia na década passada. O modelo incorpora canards (aletas estabilizadoras) e uma baia eletrônica que integra aviônicos produzidos na Rússia, Índia, França e em Israel.
Antes de acertar a transferência dos SU-30K para os angolanos, os russos tentaram, sem sucesso, vende-los para a própria Bielorússia, para o Sudão e o Vietnã.