Portugal enviará 30 militares para o Iraque para ajudar no combate ao movimento extremista Estado Islâmico. A informação foi divulgada pelo ministro das relações exteriores de Portugal, Rui Machete, durante o encontro com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em Washington, na última terça-feira, 22.
Sputnik
Segundo o chanceler português, “as forças armadas portuguesas vão facilitar a preparação e capacitação das forças armadas iraquianas perto de Bagdá. Esse é um esforço muito concreto na formação do exército iraquiano, que é uma das estratégias no combate ao ISIS (uma das designações do Estado Islâmico)”.
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John Kerry, por sua vez, em nota divulgada no site do departamento de Estado, agradeceu os “esforços de Portugal no apoio à coligação contra o (grupo extremista) Estado Islâmico, o seu empenho no combate ao terrorismo, nas sanções à Rússia, na implementação do acordo de Minsk e esforços no Iraque”. O chefe da diplomacia norte-americana também destacou que Portugal é um “aliado antigo e firme” dos EUA.
É curioso notar, entretanto, que enquanto Portugal declara apoio aos EUA no combate ao terrorismo, enviando militares junto às forças iraquianas, os Estados Unidos manifestam a intenção de dar início ao processo de redução de postos de trabalho na base açoriana das Lajes.
Dias antes, o embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Robert Sherman, foi chamado ao ministério das relações exteriores português para tratar do assunto. Os trabalhadores portugueses da base das Lajes, na ilha Terceira (Açores), foram oficialmente notificados da intenção dos Estados Unidos de reduzir o efetivo militar e civil na infraestrutura.
O ex-secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, anunciou em 8 de janeiro deste ano (enquanto ainda exercia o cargo) a redução de 500 efetivos da base aérea portuguesa nas Lajes.