Imagens que alcançaram o Ocidente indicam que o quadrimotor Kongjing 500 (KJ-500), de alarme aéreo antecipado e controle, já entrou em serviço com a Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF, na sigla em inglês).
A 18 de março passado começou a circular na internet a foto de um KJ-500 ostentando pintura de camuflagem, insígnias da PLAAF e a matrícula 30471. A aeronave está estacionada sob um hangar e tem as escotilhas da cabine cobertas.
Visto pela primeira vez há dois anos, o avião foi desenvolvido a partir do projeto do Y-9, um cargueiro chinês de desenho inspirado no do conhecido transporte tático russo An-12, que a Shaanxi Aircraft Corporation equipou com quatro propulsores turbohélices.
O KJ-500 é, portanto, basicamente, um Y-9 que transporta um radar phased-array (varredura eletrônica à base de uma grande variedade de feixes de sinais que se movem velozmente) desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Nanjing de Tecnologia Eletrônica, o NRIET – também conhecido, na China, como Décimo Quarto Instituto.
A aeronave é menor, em tamanho, do que o jato de transporte estratégico Ilyushin IL-76 – de quase 47 m de comprimento e 15 m de altura –, no qual os militares chineses instalaram um sistema KJ-2000, que consiste em um radar phased array linear de capacidade semelhante ao do conhecido radar SAAB Erieye, mas permite um campo de visão de apenas 240º.
Analistas asiáticos estimam que o sistema de detecção do KJ-500 seja tão eficaz quanto o do IL-76 e ainda abrigue uma inovadora capacidade de Inteligência Eletrônica (interferência por sinais).
Em janeiro de 2013, a tevê estatal da China deixou escapar que, varrendo os céus em um raio de 470 km, o KJ-2000 é capaz de detectar e monitorar entre 60 e 100 alvos, simultaneamente.