O presidente da França, François Hollande, disse nesta quarta-feira, 22, que considera natural a devolução de verbas pelos porta-helicópteros tipo “Mistral”, caso eles não sejam fornecidos à Rússia.
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“Se os navios não foram fornecidos, não vejo como eles poderiam ser pagos”, disse o líder francês ao comentar a declaração do presidente russo, Vladimir Putin, sobre a compensação dos Mistrais pagos pela Rússia. Segundo Hollande, “a posição do presidente da Rússia é absolutamente compreensível”.
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Durante a entrevista coletiva, o chefe de Estado francês acrescentou que “é um princípio muito simples”. “Se foram fornecidos, deve ser feito o pagamento. Se não foram fornecidos, o pagamento deve ser devolvido”, disse Hollande.
A companhia russa de exportação e importação de armamentos Rosoboronexport assinou com a companhia francesa DCNS um contrato para a construção de dois navios deste tipo em junho de 2011. As partes posteriores dos porta-helicópteros foram construídas no estaleiro russo Baltiysky (que faz parte da Corporação Unida de Construção Naval) em São Petersburgo. O acoplamento com as partes anteriores e as obras de acabamento foram efetuadas no estaleiro da companhia STX France, em Saint-Nazaire.
O primeiro navio de desembarque Vladivostok devia ter sido entregado pela França em 14 novembro de 2014. Já o segundo navio deveria ser entregue até o final de 2015.
Mais cedo o presidente francês, François Hollande, disse que decidiu suspender a entrega do primeiro dos navios (Vladivostok) por causa da situação na Ucrânia. Por sua vez, a Rússia declarou que está à espera do navio ou da restituição do dinheiro.