Todas as grandes empresas norte-americanas de mídia replicam e divulgam de forma diligente tudo aquilo que as autoridades dos EUA querem que o público saiba sobre os assuntos globais, contou o filósofo e ativista norte-americano Noam Chomsky em entrevista ao canal de televisão RT.
Sputnik
A ideia de que o Ocidente, e em particular os EUA, pode estar implicado na deterioração da situação na arena internacional, como, por exemplo o conflito ucraniano ou as tensas relações com o Irã, é simplesmente inaceitável nas principais publicações norte-americanas, diz.
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“Aquilo, que nos EUA é chamado de “comunidade internacional”, é representado pelos próprios EUA e todos os países que seguem a sua política. Tomemos, como exemplo, a questão do direito do Irã de desenvolver uma política nuclear própria. A reação natural da comunidade internacional é a de protestar contra isso. Mas quem faz parte dessa comunidade internacional? Aqueles que os EUA reconhecem como tais” — diz Noam Chomsky.
Acusando os outros, em particular a Rússia, de promover guerras de informação, os políticos norte-americanos não conseguem assumir o fato de eles mesmos utilizarem a informação como uma arma, acredita o filósofo.
O chamado “sonho americano” e a democracia americana estão em um “declínio muito sério”, os indicadores de mobilidade social nos EUA são os piores entre os países mais ricos do mundo.
As autoridades dos EUA procurar seguir os princípios democráticos apenas nas aparências, enquanto, na realidade, os preceitos democráticos não são realizados e grande parte da população tem seus direitos violados, alega Chomsky.