A Diretoria Geral do Armamento (DGA) do Ministério da Defesa da França aprovou a remodelação de 200 carros de combate pesados AMX-56 Leclerc, do Exército, que terão sua vida útil estendida até, pelo menos, o ano de 2040.
A modernização dos blindados será feita pela empresa Nexter Systems, ao custo de 330 milhões de Euros (1 bilhão 132 milhões de Reais). A reforma dos tanques deverá estar completada antes de 2020, e irá transcorrer no âmbito do chamado Programa Scorpion, que prevê também a construção de 18 veículos blindados de recuperação (conhecidos, em francês, pela sigla DNG).
A pesquisa que redundou na incorporação do Leclerc pelo chamado Exército de Terra (Armée de Terre) francês, a partir de 1992, teve início em 1983. O resultado foi um carro de quase dez metros de comprimento e 54,5 toneladas de peso, dotado de um canhão CN-120/52, de 120mm. O veículo se desloca a velocidades de até 75 km/h em estrada, e de 35 km/h em terrenos não preparados.
Seu nome de batismo é uma homenagem ao general Philippe Leclerc de Hauteclocque, oficial francês de tropas blindadas à época da 2ª Guerra Mundial.
Kits - O trabalho a ser desenvolvido pela Nexter visa melhorar a mobilidade, proteção e potência de fogo do Leclerc, e deve ser oferecido também à força terrestre dos Emirados Árabes Unidos, que opera quase 400 unidades do mesmo tanque.
Na França, o objetivo final da modernização é potencializar a capacidade operativa dos carros em agrupamentos táticos.
As mudanças previstas no contrato com a Nexter prevêem:
1. Novas interfaces específicas destinadas a aperfeiçoar as comunicações táticas das tripulações;
2. Instalação de sensores e comandos capazes de incrementar o grau de automação do carro durante as operações;
3. Prover as viaturas de equipamentos que possibilitem diagnóstico preventivo de diferentes parâmetros do tanque, e vão monitorar desde o funcionamento dos sistemas de propulsão da viatura até os seus sistemas de armas; e
4. Instalação de kits de blindagem contra os chamados dispositivos explosivos improvisados (IED) – muito populares no Iraque e no Afeganistão – e as novas gerações de munições e armas antitanque.