O primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe negou a possibilidade de participação das forças de autodefesa do país nos bombardeios das posições do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Voz da Rússia
“É claro que a participação das forças de autodefesa nos bombardeios [das posições ocupadas pelo EI] é absolutamente impossível. Também não está previsto apoio [à coalizão internacional] nas áreas de retaguarda”, disse Abe perante o comitê orçamentário da câmara alta do parlamento japonês.
© Photo: AP/Shizuo Kambayashi | Shinzo Abe
A questão da possível participação das forças de autodefesa do Japão fora do país surgiu de forma aguda após a execução de dois reféns japoneses pelo EI - Kenji Goto e Haruna Yukawa.
O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Há alguns meses, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.