Meta é capturar toda a região de Donetsk, diz líder rebelde.
Avanço rebelde na semana passada acabou com trégua de cinco meses.
Reuters
Separatistas ucranianos declararam nesta terça-feira (27) terem repelido tropas do governo de dois distritos nos arredores de Donetsk, seu principal reduto, e têm o objetivo de ampliar o controle sobre toda a região.
Separatistas ucranianos declararam nesta terça-feira (27) terem repelido tropas do governo de dois distritos nos arredores de Donetsk, seu principal reduto, e têm o objetivo de ampliar o controle sobre toda a região.
Imagem de 22 de janeiro mostra membros das froças armadas dos rebeldes de Donetsk em um tanque em Donetsk (Foto: REUTERS/Alexander Ermochenko)
Um avanço rebelde iniciado na semana passada acabou com a trégua de cinco meses, ressuscitou uma guerra que já matou mais de cinco mil pessoas e despertou a ameaça de novas sanções a Moscou, que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) acusa de apoiar os separatistas com dinheiro, armas e soldados.
Os rebeldes dizem que seu propósito inicial é repelir as forças governamentais, para que suas cidades fiquem fora do alcance da artilharia inimiga, e fortalecer seu comando nas regiões que dominam.
O vice-comandante dos separatistas em Donetsk, Eduard Basurin, afirmou que os combatentes expulsaram os soldados do governo do subúrbio de Maryinka e do centro da cidade de Pesky, perto do aeroporto de Donetsk, um campo de batalhas constantes.
"Eles já tinham controlado Maryinka totalmente antes. Agora ela é neutra. Eles só estão nas cercanias”, disse ele por telefone. A meta final é eventualmente capturar toda a região de Donetsk, declarou Basurin.
Isso incluiria grandes centros populacionais nas mãos do governo, como a cidade portuária de 500 mil habitantes de Mariupol, no Mar Negro, onde Kiev afirma que o bombardeio dos rebeldes matou 30 pessoas no sábado. Segundo Basurin, entretanto, não há nenhuma ofensiva a Mariupol em andamento atualmente.
Indagado se os rebeldes estão avançando para Debaltseve e Vuhlehirsk, duas guarnições do governo, ele disse: “Por que deveríamos ter que avançar? É nossa terra. Eles deveriam recuar”.