A oposição síria participou ontem, 26 de janeiro, nas negociações com a delegação oficial da Síria em Moscou. Apesar das questões políticas pendentes, as partes discutirão questões humanitárias, por exemplo o retorno dos refugiados e a libertação dos prisioneiros políticos.
Voz da Rússia
"Durante o primeiro dia de trabalho em Moscou os representantes da oposição conseguiram discutir todas as diferenças, bem como as convergências de pontos de vista. Penso que na terça-feira vamos discutir mais profundamente as posições em que concordamos, com o objectivo de a oposição conseguir apresentar uma posição unânime com os representantes do governo da Síria durante o encontro com a delegação oficial".
© Foto: AP/Hussein Malla
Tal declaração foi feita pelo um dos líderes da oposição, o secretário-geral da Liga Democrática de Libertação Nacional na Síria, Mahmoud Murey. Durante a conversa com a analista da Sputnik Elena Suponina ele avaliou o encontro como “muito importante e bem sucecido”.
“Queremos apresentar exigências reais e, assim, abrir a possibilidade para uma solução política”.
Ele pensa que é irracional apresentar exigências para o presidente do país:
“As personalidades não são importantes. As reformas democráticas não podem ser realizadas rapidamente. Para que isso aconteça, as duas partes devem chegar ao compromisso”.
Mahmoud Murey sublinhou que "o acordo entre a oposição e o governo é muito importante para a luta contra o terrorismo na Síria, para derrotar os grupos terroristas, como o Estado Islâmico".
Em 2011 revoltas e revoluções do Oriente Médio se espalharam para a Síria. As manifestações contra o governo existente de Bashar Assad eram geralmente realizadas às sexta-feiras, após a oração e se prolongavam durante todo o fim de semana.
A oposição apresentava exigências diferentes, de renúncia do governo até mudança o regime. Devido à situação no país, as autoridades sírias fizeram grandes mudanças: anularam a lei sobre o estado de emergência, bem como a lei sobre a mídia e os partidos políticos. O governo também decidiu adotar outras reformas democráticas.
Em 3 de junho de 2014, a Síria realizou suas primeiras eleições presidenciais desde 1963, como resultado Bashar Assad foi reeleito para um terceiro mandato.