'Consideramos uma indicação clara de derrota e decepção', disse grupo.
Organização encerrou missão no país neste domingo.
France Presse
O fim da missão de combate da Otan no Afeganistão é uma derrota e uma decepção para a coalizão internacional, disseram nesta segunda-feira (29) os talibãs afegãos, um dia após a cerimônia que encerrou 13 anos de intervenção militar.
"Consideramos esta etapa como uma indicação clara de sua derrota e sua decepção", disseram os talibãs em um comunicado em inglês.
"Os Estados Unidos e seus aliados invasores, assim como todas as organizações internacionais arrogantes, sofreram uma derrota evidente nesta guerra assimétrica", acrescentou o comunicado dos insurgentes, que acusam a Otan de ter afundado o país em um banho de sangue.
O fim da missão de combate da Otan no Afeganistão é uma derrota e uma decepção para a coalizão internacional, disseram nesta segunda-feira (29) os talibãs afegãos, um dia após a cerimônia que encerrou 13 anos de intervenção militar.
"Consideramos esta etapa como uma indicação clara de sua derrota e sua decepção", disseram os talibãs em um comunicado em inglês.
"Os Estados Unidos e seus aliados invasores, assim como todas as organizações internacionais arrogantes, sofreram uma derrota evidente nesta guerra assimétrica", acrescentou o comunicado dos insurgentes, que acusam a Otan de ter afundado o país em um banho de sangue.
Um soldado norte-americano do Companhia Dragon do 3º Regimento de Cavalaria é visto perto da base operacional para a frente Gamberi na província de Laghman, no Afeganistão (Foto: Lucas Jackson/Reuters)
A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan arriou suas bandeiras no domingo, colocando fim às missões de combate.
No entanto, a Otan manterá uma presença militar de 12.500 homens no Afeganistão no âmbito da missão "Apoio Decidido" de ajuda e formação do exército afegão que começará em 1º de janeiro.
Em 1996, ao término de uma fulminante ofensiva militar, os talibãs afegãos tomaram o poder, do qual foram expulsos pela invasão dos Estados Unidos e de seus aliados no fim de 2001.
Desde então, e durante 13 anos, desenvolveram uma mortífera guerra contra as forças ocidentais, o exército e a polícia afegãos.
Nos últimos meses, a insurreição talibã multiplicou os ataques contra os estrangeiros residentes em Cabul.
Segundo a ONU, o número de vítimas civis no Afeganistão em 2014 está prestes a superar os 10.000, o que constitui o pior ano desde 2009.
Os Estados Unidos indicaram que 2014 foi o pior ano para os soldados e policiais afegãos com 4.600 mortos nos primeiros 10 meses.
Por sua vez, diante da saída da Isaf dos combates, o presidente afegão, Ashraf Ghani, convocou os talibãs para negociações de paz.
Mas os talibãs negam-se a discutir diretamente com as autoridades de Cabul.