Crime foi na terça; local é uma das residências da Presidência da República.
Ladrão é soldado desertor do Exército e assumiu assalto, afirma a polícia.
Do G1 DF
Foi encontrada na noite desta quinta-feira (12) a arma do soldado do posto de sentinela de uma das residências oficiais da Presidência da República, na Granja do Torto, que foi levada durante um roubo na terça. A escopeta calibre 12 estava em uma casa de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF. A polícia chegou ao local após vizinhos ligarem relatando que ouviram tiros.
Foi encontrada na noite desta quinta-feira (12) a arma do soldado do posto de sentinela de uma das residências oficiais da Presidência da República, na Granja do Torto, que foi levada durante um roubo na terça. A escopeta calibre 12 estava em uma casa de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF. A polícia chegou ao local após vizinhos ligarem relatando que ouviram tiros.
Os militares ligaram para o Exército assim que viram o brasão na arma. De acordo com a corporação, um jovem de 20 anos disse ser soldado do desertor e assumiu o crime. Ele afirmou ainda que roubou a escopeta porque estava se sentindo ameaçado.
"Ele fala que, chegando lá, o sentinela da arma estava dormindo, e ele pegou a arma. Quando pegou, ele acordou e disse que não fez mal nenhum com o sentinela, mas o conduziu até mais para dentro da mata onde estava o carro dele", explicou um dos policiais. "Segundo ele, se ele soltasse ele antes, correria o risco de ele informar os outros e não daria tempo para ele fugir."
Em depoimento, o guarda disse à polícia que foi surpreendido por três homens encapuzados e, então, levado e abandonado em uma área do Lago Oeste. A abordagem teria ocorrido às 3h30. O homem diz que ouviu um barulho em um mato e, quando foi verificar a situação, foi rendido por um dos ladrões. Os outros dois teriam aparecido em seguida, nas costas dele.
Ainda de acordo com o depoimento, o militar disse que foi liberado às 5h perto de duas torres de telecomunicação conseguiu voltar a pé para o posto de guarda. Lá, comunicou os superiores a respeito do crime. Ele afirma que não foi agredido. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos.
Em nota, o Exército informou que analisa todas as possibilidades. A previsão para investigação por parte da organização é de 30 dias.
De acordo com a Presidência da República, a Granja do Torto tem 37 hectares. O nome está relacionado à localização, na Fazenda do Riacho Torto. Quando ocupou a Presidência da República, de 1979 a 1985, o general João Figueiredo residiu na Granja, onde criava cavalos.
Durante a transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para o da presidente Dilma Rousseff, entre 2010 e 2011, o local foi utilizado como um dos gabinetes de transição, onde havia reuniões entre representantes do então governo e da atual gestão.
Em julho deste ano, o presidente de Cuba, Raúl Castro, se hospedou a pedido na Granja do Torto. A assessoria da Presidência disse na época que é "praxe” nas relações diplomáticas em todo o mundo disponibilizar hospedagem aos chefes de Estado em visita ao país.
Palácio da Alvorada
A presidente Dilma Rousseff mora, na companhia da mãe e de uma tia, na outra residência oficial que fica em Brasília, o Palácio da Alvorada. Ela ficou na Granja do Torto até assumir o cargo. O G1 procurou a Presidência da República para comentar o assunto, mas não obteve retorno até a última publicação desta reportagem.
O Palácio da Alvorada foi projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1958. O primeiro andar constitui a parte residencial do do prédio, com quatro suítes e salas íntimas. A parte térrea é usada para reuniões da Presidência. No subsolo fica toda a parte da administração do Palácio, além da sala de jogos e de um auditório para 30 pessoas.