O radar da MECTRON, empresa controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), em parceria com a italiana Selex ES é um dos pontos centrais da modernização dos A-1 da Força Aérea Brasileira.
Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet
Com o objetivo de extensão da vida útil das aeronaves AMX (A-1) para mais 20 anos, reduzindo a obsolescência dos equipamentos embarcados e ao mesmo tempo padronizando a frota, eliminando as diferenças entre os três lotes operados pela FAB, o programa de modernização do principal avião de ataque brasileiro realizou uma campanha de ensaios em voo em Gavião Peixoto/SP, para validação operacional do Radar SCP-01.
DefesaNet acompanhou o trabalho da empresa MECTRON, empresa controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), em parceria com a italiana Selex ES no radar SCP-01, que é um dos pontos centrais da modernização dos A-1M da Força Aérea Brasileira.
Na mosca
O SCP-01 é um radar multifunção, projetado para operar como principal sensor do subsistema de armamento do A1-M. Pelo lado brasileiro, a Mectron é responsável pelas unidades Receptor, Antena, Servo-Antena e frame cablado. A empresa italiana é responsável pelas unidades Transmissor e Processador.
Na campanha de ensaios em questão, o Radar SCP-01 foi validado nos seus diversos modos de operação: no modo de mapeamento de solo (MAP), a aeronave sobrevoou a região da cidade de Ibitinga/SP, próximo à represa da Promissão, no rio Tietê, para identificar áreas fluviais e mapear o terreno, apresentando ao piloto um registro geográfico de mais de 80 km à sua frente.
Nesta mesma região, o Radar também foi testado no modo de rastreio marítimo (SEA), detectando a presença de embarcações. Para testes nos modos de busca e rastreio aéreo (AIR-AIR) e combate aéreo (ACM), os ensaios contaram com o apoio de uma aeronave Phenom da EMBRAER atuando como alvo cooperativo.
Neste cenário, foi possível a detecção do alvo a distâncias acima de 20 km. Com o radar rastreando a aeronave cooperativa, várias manobras de combate foram simuladas, bem como manobras de aproximação para reabastecimento em voo, desta vez com o radar operando no modo AIR-P. Em outra etapa, o Radar, operando no modo Distância de Solo (AGR), forneceu algoritmos de mira para ataque a alvos terrestres.
Durante os ensaios, foi possível verificar a integração do Radar ao novo sistema de navegação do A1-M, bem como ao HUD (Head Up Display) e ao MFD (Multi Function Display), onde as informações do Radar são disponibilizadas para o piloto.
Olhos aguçados por mais 20 anos
A aeronave AMX (ou A-1 como é designada oficialmente pela FAB), foi especialmente concebida para missões ar-superfície (ataque ao solo) e reconhecimento, ambas de grande alcance. Pelo fato da modernização do AMX, a Mectron trabalhou na modernização do Radar SCP-01, possibilitando a implementação da interface gráfica colorida com os novos monitores multifunções (MFD) instalados no A-1M. O radar incorporou um novo modo de operação e possibilitou a visualização e atualização de dados de navegação de mais alvos ao mesmo tempo.
Na área de logística, a MECTRON desenvolveu um novo banco de sistema para suporte dos testes operacionais do radar em solo. Desenvolveu, também, um banco denominado Estimulador Radar que auxiliou o desenvolvimento da interface aviônica com o radar e os outros sistemas embarcados na aeronave.
A parceria tecnológica com os italianos foi bem sucedida e rendeu bons frutos: a empresa hoje também está plenamente capacitada para manutenção das unidades italianas.
O SCP-01 é um radar multifunção, projetado para operar como principal sensor do subsistema de armamento do A1-M. Pelo lado brasileiro, a Mectron é responsável pelas unidades Receptor, Antena, Servo-Antena e frame cablado. A empresa italiana é responsável pelas unidades Transmissor e Processador.
Na campanha de ensaios em questão, o Radar SCP-01 foi validado nos seus diversos modos de operação: no modo de mapeamento de solo (MAP), a aeronave sobrevoou a região da cidade de Ibitinga/SP, próximo à represa da Promissão, no rio Tietê, para identificar áreas fluviais e mapear o terreno, apresentando ao piloto um registro geográfico de mais de 80 km à sua frente.
Nesta mesma região, o Radar também foi testado no modo de rastreio marítimo (SEA), detectando a presença de embarcações. Para testes nos modos de busca e rastreio aéreo (AIR-AIR) e combate aéreo (ACM), os ensaios contaram com o apoio de uma aeronave Phenom da EMBRAER atuando como alvo cooperativo.
Neste cenário, foi possível a detecção do alvo a distâncias acima de 20 km. Com o radar rastreando a aeronave cooperativa, várias manobras de combate foram simuladas, bem como manobras de aproximação para reabastecimento em voo, desta vez com o radar operando no modo AIR-P. Em outra etapa, o Radar, operando no modo Distância de Solo (AGR), forneceu algoritmos de mira para ataque a alvos terrestres.
Durante os ensaios, foi possível verificar a integração do Radar ao novo sistema de navegação do A1-M, bem como ao HUD (Head Up Display) e ao MFD (Multi Function Display), onde as informações do Radar são disponibilizadas para o piloto.
Olhos aguçados por mais 20 anos
A aeronave AMX (ou A-1 como é designada oficialmente pela FAB), foi especialmente concebida para missões ar-superfície (ataque ao solo) e reconhecimento, ambas de grande alcance. Pelo fato da modernização do AMX, a Mectron trabalhou na modernização do Radar SCP-01, possibilitando a implementação da interface gráfica colorida com os novos monitores multifunções (MFD) instalados no A-1M. O radar incorporou um novo modo de operação e possibilitou a visualização e atualização de dados de navegação de mais alvos ao mesmo tempo.
Na área de logística, a MECTRON desenvolveu um novo banco de sistema para suporte dos testes operacionais do radar em solo. Desenvolveu, também, um banco denominado Estimulador Radar que auxiliou o desenvolvimento da interface aviônica com o radar e os outros sistemas embarcados na aeronave.
A parceria tecnológica com os italianos foi bem sucedida e rendeu bons frutos: a empresa hoje também está plenamente capacitada para manutenção das unidades italianas.