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19 novembro 2014

Pilotos brasileiros fazem hoje primeiro voo no caça Gripen

Após testes intensos, dois pilotos da FAB serão os primeiros a voar caça sueco comprado pelo Brasil


Shelia Faria | O Vale

Hoje é o Dia D para os brasileiros Gustavo de Oliveira Pascotto e Ramon Santos Fórneas, ambos com 32 anos. Eles são pilotos e voam hoje pela primeira vez o caça supersônico Gripen C/D na base aérea de Satenäs, conhecida como F-7 escola de pilotos da Suécia.



A data foi confirmada ontem à tarde pela FAB (Força Aérea Brasileira). "É a data prevista", informou. Não há detalhes sobre o horário do voo, que ocorre após intensa programação de treinamentos em simuladores e em centrífuga.

Pascotto e Fórneas chegaram à Suécia em 3 de novembro após passarem por uma seleção entre mais de 240 pilotos, de 12 esquadrões de caça. Quando pilotarem o Gripen hoje, eles iniciam a missão para o qual estão sendo preparados -- serem os primeiros pilotos a desvendar o caça sueco, que vai originar a versão NG, comprada pelo Brasil.

Eles serão os responsáveis por trazer esse conhecimento para o Brasil. O governo brasileiro comprou 36 Gripen NG, que serão desenvolvidos pela empresa sueca Saab em parceria com a Embraer, no Brasil. O acordo, de US$ 5,4 bilhões, inclui transferência de tecnologia para capacitar o Brasil a produzir os caças.

O Gripen NG só estará no Brasil a partir de 2019. Ele é considerado o mais moderno caça multimissão, com 10 anos de tecnologia à frente dos rivais. A versão NG será desenvolvida a partir das versões C e D, que os dois brasileiros vão pilotar a partir de hoje.

Eles ficam na Suécia até 2015 quando devem ser considerados aptos para transmitir conhecimentos sobre o Gripen para pilotos brasileiros.

"O treinamento aqui é intenso, mas o Gripen é um avião fácil de usar", disse o coronel Michael Cherinet, comandante da Base de Satenäs, a maior das cindo da Suécia para treinamento de pilotos. A Força Aérea da Suécia treina uma média de 30 pilotos por ano, em ritmo considerado puxado.

Testes

Pascotto e Fórneas enfrentaram muitas horas nos simuladores e provas específicas. Uma semana após chegarem à Base de Satenäs, os dois passaram pelo teste da centrífuga e foram aprovados. Os pilotos brasileiros tiveram que ficar 15 segundos em uma centrífuga que projeta nove vezes a força da gravidade para adaptar o corpo dos pilotos a uma aeronave de alta tecnologia como o Gripen, capaz de voar duas vezes a velocidade do som.

A centrífuga seria semelhante a um cockpit (cabine de pilotagem) de um avião. A meta é que o treinamento possa medir os impactos do voo no corpo humano e avaliar reações indesejadas, como desmaios, além de preparar os pilotos para uma adaptação a essas condições.

As reações dos pilotos são monitoradas do lado de fora do aparelho, por médicos e engenheiros. Não há equipamento semelhante no Brasil.

Quando a força da gravidade aumenta há risco de o piloto perder a percepção das cores ou perder a visão ou a consciência durante o voo.

Fórneas é piloto do caça F-5 da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Ele é natural de Ipatinga (MG).

Pascotto é de São Bernardo e também é piloto de F-5, da Base Aérea de Anápolis (GO).

Segundo ele, ser piloto é o sonho de muita gente. "A motivação maior é guardar e defender o país", disse. A preparação de um piloto de caça chega a oito anos.

Série mostra pendências do F-X2

As pendências do programa F-X2, entre elas o possível empréstimo de caças Gripen da Suécia para o Brasil, e o potencial mercado da nova aeronave são temas de amanhã da série especial Programa F-X2, que O VALE publica desde o ultimo domingo. A série mostra detalhes da compra de 36 caças da Saab, com transferência de tecnologia.

Sheila Faria viajou à Suécia a convite da Saab parcerias Embraer lidera transferência O programa F-X2 prevê que a empresa sueca Saab repasse tecnologia para capacitar o Brasil a produzir o caça Gripen NG. A Embraer, de São José, é a lider do processo e será co-responsável pelo desenvolvimento completo da versão de dois lugares do caça (biposto). A Embraer também vai coordenar as atividades de produção no Brasil em nome da Saab.

8 anos foi o tempo de preparação dos pilotos brasileiros para se tornarem aptos a pilotar caças supersônicos.


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