Nesta quarta-feira a OTAN informou ter interceptado um grande número de aviões russos voando perto do espaço aéreo europeu nos últimos dois dias. Foram pelo menos 19 aeronaves, que trouxeram lembranças do Poder Aéreo Russo em um momento de relações estremecidas entre o Ocidente e a Rússia, desde a Guerra Fria. Aviões militares russos têm aumentado significativamente a sua atividade na Europa desde que o conflito na Ucrânia começou no início deste ano, com a OTAN lutando para interceptar aeronaves mais de 100 vezes em 2014. Mas um oficial da Otan disse que a escala dos últimos incidentes foi o mais provocativo este ano.
Mig 31 |
Ao longo do Oceano Atlântico e do Norte, Mar Báltico e Negro, bombardeiros russos, caças e aviões-tanque foram detectados voando em espaço aéreo internacional, disse a OTAN. Não houve incursões em espaço aéreo nacional, uma violação da soberania que teria ampliado significativamente a gravidade dos quatro incidentes, três dos quais ocorreram na quarta-feira.
Autoridades norte-americanas consideram os voos como uma demonstração de força por parte do governo Putin. “É preocupante porque ele está se movendo na direção errada”, disse um oficial de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizado a discutir a atividade aérea publicamente. “Não está ajudando a acalmar a situação na Ucrânia. Não está ajudando a melhorar as relações entre a OTAN e a Rússia. Ele não está ajudando ninguém”.
Incidentes em menor escala, também têm aumentado este ano, aproximadamente o triplo do mesmo período em 2013, disse o tenente-coronel Jay Janzen.
Em pelo menos um dos quatro incidentes, a aeronave havia desligado seus transponders e não tinha apresentado os planos de voo para os controladores de tráfego aéreo civis. Isso significa que o controle de tráfego aéreo civil não pode controlá-los, criando um risco para aviões civis.
O incidente ocorreu por volta 3h horas desta quarta-feira na Europa Ocidental, quando quatro bombardeiros nucleares estratégicos de longo alcance Tu-95 e quatro aviões-tanque Il-78 sobrevoaram o mar da Noruega e caças F-16 noruegueses tentaram interceptá-los. Seis dos aviões retornaram à Rússia, mas dois dos bombardeiros contornaram a costa norueguesa, passando voando pela Grã-Bretanha que enviou aviões de combate Typhoon que decolaram para interceptar os bombardeiros. Eles se movimentaram para o oeste da Espanha e Portugal, atraindo os F-16 portugueses. Em seguida, os dois bombardeiros aparentemente foram em direção à Rússia, disse Janzen.
Assim como os bombardeiros Tu-95, aviões de combate MiG-31 não são comumente vistos perto da Europa, disse Janzen. Os MiG-31 foram interceptados junto com outras aeronaves acima do Mar Báltico, em dois incidentes separados na terça-feira e quarta-feira. Não ficou imediatamente claro se os dois incidentes acima do Báltico representavam o mesmo grupo de sete aviões entrando e saindo de uma base militar russa em Kaliningrado. Não houve reação imediata do governo russo.
Aviões de combate da Noruega, Grã-Bretanha, Portugal, Turquia, Alemanha, Dinamarca, Finlândia e Suécia foram envolvidos na resposta às aeronave russas, disse Janzen. A Finlândia e a Suécia não são membros da Otan, há muito tempo se recusaram a se juntar à aliança defensiva, que foi formada após a Segunda Guerra Mundial como um baluarte contra a União Soviética.
Mas incidentes militares com a Rússia este ano fizeram com que ambos os países reavaliassem suas posições. No mês passado, a Suécia disse que dois aviões militares russos violaram seu espaço aéreo. A Novus pesquisa de opinião divulgada terça-feira constatou pela primeira vez que os suecos estão favoráveis a adesão à OTAN.
Este ano, a Otan aumentou suas patrulhas aéreas com base no Báltico de quatro para 16 jatos, uma nova medida no confronto entre os dois “juggernauts” militares.
A mais recente violação do espaço aéreo da OTAN foi na semana passada, quando um avião espião russo voou quase 2.000 metros no espaço aéreo da Estônia. Os incidentes parecem ter levado os militares europeus ao limite esta semana. Caças britânicos foram desdobrados na quarta-feira para trazer um jato Antonov civil de carga para um aeroporto de Londres; ele parou de responder às chamadas de rádio de controladores de tráfego aéreo ao voar sobre a capital britânica. Isso causou um boom supersônico que era audível através de um grande trecho do sudeste de Inglaterra.
FONTE: The Washington Post – Tradução e adaptação do Poder Aéreo
Autoridades norte-americanas consideram os voos como uma demonstração de força por parte do governo Putin. “É preocupante porque ele está se movendo na direção errada”, disse um oficial de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato porque não estava autorizado a discutir a atividade aérea publicamente. “Não está ajudando a acalmar a situação na Ucrânia. Não está ajudando a melhorar as relações entre a OTAN e a Rússia. Ele não está ajudando ninguém”.
Incidentes em menor escala, também têm aumentado este ano, aproximadamente o triplo do mesmo período em 2013, disse o tenente-coronel Jay Janzen.
Em pelo menos um dos quatro incidentes, a aeronave havia desligado seus transponders e não tinha apresentado os planos de voo para os controladores de tráfego aéreo civis. Isso significa que o controle de tráfego aéreo civil não pode controlá-los, criando um risco para aviões civis.
O incidente ocorreu por volta 3h horas desta quarta-feira na Europa Ocidental, quando quatro bombardeiros nucleares estratégicos de longo alcance Tu-95 e quatro aviões-tanque Il-78 sobrevoaram o mar da Noruega e caças F-16 noruegueses tentaram interceptá-los. Seis dos aviões retornaram à Rússia, mas dois dos bombardeiros contornaram a costa norueguesa, passando voando pela Grã-Bretanha que enviou aviões de combate Typhoon que decolaram para interceptar os bombardeiros. Eles se movimentaram para o oeste da Espanha e Portugal, atraindo os F-16 portugueses. Em seguida, os dois bombardeiros aparentemente foram em direção à Rússia, disse Janzen.
Assim como os bombardeiros Tu-95, aviões de combate MiG-31 não são comumente vistos perto da Europa, disse Janzen. Os MiG-31 foram interceptados junto com outras aeronaves acima do Mar Báltico, em dois incidentes separados na terça-feira e quarta-feira. Não ficou imediatamente claro se os dois incidentes acima do Báltico representavam o mesmo grupo de sete aviões entrando e saindo de uma base militar russa em Kaliningrado. Não houve reação imediata do governo russo.
Aviões de combate da Noruega, Grã-Bretanha, Portugal, Turquia, Alemanha, Dinamarca, Finlândia e Suécia foram envolvidos na resposta às aeronave russas, disse Janzen. A Finlândia e a Suécia não são membros da Otan, há muito tempo se recusaram a se juntar à aliança defensiva, que foi formada após a Segunda Guerra Mundial como um baluarte contra a União Soviética.
Mas incidentes militares com a Rússia este ano fizeram com que ambos os países reavaliassem suas posições. No mês passado, a Suécia disse que dois aviões militares russos violaram seu espaço aéreo. A Novus pesquisa de opinião divulgada terça-feira constatou pela primeira vez que os suecos estão favoráveis a adesão à OTAN.
Este ano, a Otan aumentou suas patrulhas aéreas com base no Báltico de quatro para 16 jatos, uma nova medida no confronto entre os dois “juggernauts” militares.
A mais recente violação do espaço aéreo da OTAN foi na semana passada, quando um avião espião russo voou quase 2.000 metros no espaço aéreo da Estônia. Os incidentes parecem ter levado os militares europeus ao limite esta semana. Caças britânicos foram desdobrados na quarta-feira para trazer um jato Antonov civil de carga para um aeroporto de Londres; ele parou de responder às chamadas de rádio de controladores de tráfego aéreo ao voar sobre a capital britânica. Isso causou um boom supersônico que era audível através de um grande trecho do sudeste de Inglaterra.
FONTE: The Washington Post – Tradução e adaptação do Poder Aéreo