A exposição do Escritório Central de Design Naval Almaz tornou-se uma verdadeira sensação. Submarinos também ganharam destaque.
Serguêi Ptítchkin, especial para Gazeta Russa
Na Exposição Internacional de Tecnologia e Armamento Militar Naval Euronaval 2014, que ocorreu entre 27 a 31 de outubro em Paris, a Rosoboronexport (empresa estatal russa responsável pela exportação de equipamento militar) expôs pela primeira vez no exterior navios de superfície e submarinos que não deixam nada a desejar aos concorrentes ocidentais.
A exposição do Escritório Central de Design Naval Almaz tornou-se uma verdadeira sensação.
“Realmente, aquilo que estamos fazendo hoje não possui análogos no mundo. Havia muitos navios de alta velocidade com pequeno deslocamento. Mas é preciso destacar que quanto maior a velocidade da embarcação, mais complexa é a sua manutenção, incluindo a manutenção dos sistemas de combate”, disse o diretor e designer geral da empresa, Aleksandr Shliakhtenko.
Em altas velocidades surge o efeito "tábua de lavar roupa" – é como se o navio estivesse se locomovendo sobre rochas, e aguentar isso durante um tempo prolongado é difícil tanto para as pessoas quanto para os mecanismos.
“Nós criamos um fundo mecanizado utilizando tecnologias da aviação. A nossa lancha de patrulha interceptora Sobol tem hoje uma velocidade de 52 nós, não teme as ondas e está equipada com poderoso armamento. Em grande velocidade e na presença de ondas, ela se move como um carro na autoestrada. O seu raio de ação é de 700 milhas e a autonomia é de cinco dias. Ela é o nosso orgulho. Não existe nada parecido nem no Ocidente, nem no Oriente”, completou Shliakhtenko.
Project 12200 Sobol |
A exposição Euronaval-2014 confirma isso. A Marinha e o Serviço Federal de Segurança encomendam grandes quantidades dessas lanchas para a Guarda Costeira. Elas também possuem grande potencial de exportação.
“Outo motivo de orgulho para nós é a corveta Tigre, do projeto 20382. Ela reconhecidamente ocupa o terceiro lugar no ranking das melhores corvetas do século 21. O projeto Tigre, sem qualquer dúvida, é um navio inovador. Ele tem um poderoso e equilibrado armamento, condições suficientemente confortáveis de acomodação da tripulação e excelente navegabilidade.”
“Outo motivo de orgulho para nós é a corveta Tigre, do projeto 20382. Ela reconhecidamente ocupa o terceiro lugar no ranking das melhores corvetas do século 21. O projeto Tigre, sem qualquer dúvida, é um navio inovador. Ele tem um poderoso e equilibrado armamento, condições suficientemente confortáveis de acomodação da tripulação e excelente navegabilidade.”
Project 20382 Tigre |
Segundo Shliakhtenko, a era da construção de uma nova geração de navios teve início na Rússia a partir desse projeto.
“O mais importante é que, em primeiro lugar, a Marinha da Rússia foi equipada com as melhores corvetas do mundo. Quatro navios já passaram a integrar a frota do Báltico. Agora estamos oferecendo as corvetas Tigres para exportação. O interesse em relação a elas está crescendo no mundo. Esses navios levam a bordo 8 mísseis de cruzeiro Uran e 8 mísseis de cruzeiro Kalibr ou Iakhont."
A defesa contra ataques aéreos é composta pelos sistemas de mísseis e artilharia antiaérea Kashtan e pelos lança-foguetes Palma, Igla e Rif. O armamento de artilharia é constituído por um canhão de disparo rápido de 100 mm e por armas automáticas AK-630M de seis de canos 30 mm. As corvetas também estão equipadas com sistemas de torpedos e de defesa antitorpedos.
Existe até um lançador de foguetes contra sabotagem DP-64. O navio pode transportar a bordo um helicóptero antissubmarino Ka-28 ou um helicóptero de alerta precoce Ka-31.
Submarinos
Os submarinos do Escritório de Design Malaquita de São Petersburgo constituíram outra sensação do salão Euronaval-2014. Existem apenas dois deles, mas desde o primeiro dia da exposição eles estiveram no centro das atenções.
Os pequenos submarinos que levavam o nome de Piranha passaram a integrar a frota do Báltico no final da década de 1980 e imediatamente se tornaram uma dor de cabeça para as forças navais da OTAN. No entanto, na década seguinte, eles foram excluídos da frota e, posteriormente, completamente descartados.
Project 865 Piranha |
Agora, vários tipos de Piranhas foram projetados simultaneamente no Escritório de Design Malaquite em um novo patamar tecnológico. São submarinos de sabotagem destinados às forças especiais da Marinha e submarinos de combate completos, denominados de Piranhas-T. Eles foram projetados para navegar em locais rasos e são automatizados ao máximo. A tripulação do submarino Piranha é de três pessoas e a do Piranha-T, de cinco.
De acordo com o designer-chefe, Igor Karavaev, o Piranha T pode ser controlado por apenas uma pessoa, tão alto é o seu nível de automação. Além disso, esses submarinos apresentam um nível de ruído muito baixo.
O armamento do Piranha-T consiste de dois tubos de torpedos de 533 mm, dentro dos quais também podem ser dispostos mísseis de cruzeiro. Também há lançadores de popa para torpedos de calibre 324 mm – há seis unidades deles. Além disso, o submarino transporta oito minas.
De modo geral, o salão militar naval Euronaval-2014 foi mais modesto do que a exposição realizada em 2012. Mas, ainda assim, havia novidades interessantes. Principalmente projetos conceituais para os navios de um futuro próximo, bem como numerosos veículos subaquáticos automatizados não tripulados. Manteve-se a tendência de projetar navios com uma superfície reflexiva mínima.
De acordo com o designer-chefe, Igor Karavaev, o Piranha T pode ser controlado por apenas uma pessoa, tão alto é o seu nível de automação. Além disso, esses submarinos apresentam um nível de ruído muito baixo.
O armamento do Piranha-T consiste de dois tubos de torpedos de 533 mm, dentro dos quais também podem ser dispostos mísseis de cruzeiro. Também há lançadores de popa para torpedos de calibre 324 mm – há seis unidades deles. Além disso, o submarino transporta oito minas.
De modo geral, o salão militar naval Euronaval-2014 foi mais modesto do que a exposição realizada em 2012. Mas, ainda assim, havia novidades interessantes. Principalmente projetos conceituais para os navios de um futuro próximo, bem como numerosos veículos subaquáticos automatizados não tripulados. Manteve-se a tendência de projetar navios com uma superfície reflexiva mínima.