Novo modelo de contratorpedeiro será elaborado a partir de 2015. O primeiro navio da série, cujo principal objetivo militar é estabelecer o domínio em zonas marítimas e oceânicas distantes, não entrará em operação antes de 2025. Destroier deve ser equipado com o sistema de míssil Kalibr e de defesa aérea Prometeu.
Vladímir Scherbakov, especial para Gazeta Russa
O Ministério da Defesa russo aprovou as exigências táticas e técnicas para a concepção do futuro destroier, cujo programa de criação é conhecido como “Líder”. A informação foi divulgada na semana passada, com base em uma fonte de alto escalão da indústria de Defesa nacional.
O Escritório de Design do Norte (Severnoie), responsável pela criação de quase todos os grandes navios militares de superfície da frota russa, foi incumbido do desenvolvimento do projeto. A construção do primeiro de uma série de doze navios para as frotas do Norte e do Pacífico não é esperada antes de 2023.
O projeto do “Líder” não foi incluído no programa de armamento do governo para 2020, e a alocação de recursos para a construção dos contratorpedeiros poderá ser realizada apenas no âmbito do programa de construção naval, elaborado até o ano de 2050.
O principal recurso de ataque do novo contratorpedeiro será o sistema integrado de mísseis Kalibr. Exportado com o nome de Club, ele é composto por mísseis de cruzeiro antinavio e mísseis de cruzeiro 3M-14, projetados para destruir de uma grande distância alvos importantes no interior do território inimigo – uma espécie de “braços longos” do destroier. Além disso, inclui também mísseis antissubmarinos que permitem atingir com grande eficácia vários tipos de submarinos inimigos, incluindo os submarinos com baixo nível de ruídos e não nucleares.
O complexo de ataque Onyx, com um míssil de cruzeiro supersônico, poderá se tornar o segundo “braço longo” do contratorpedeiro. Pelo fato de o Kalibr e o Onyx poderem ser utilizados a partir de um único lançador, isso confere total versatilidade e uma real capacidade de realizar tarefas múltiplas aos navios militares russos.
A versão exclusiva para navios do sistema de defesa antiaérea S-500 Prometeu, que será capaz de destruir alvos que estejam até mesmo no espaço próximo, deverá garantir ainda a proteção contra os ataques aéreos. O navio também receberá recursos de defesa aérea e defesa antimísseis de médio alcance.
No Líder também serão implantados armas de artilharia, minas e torpedos, recursos para combater os sabotadores, helicópteros e drones, bem como radares e sonares modernos que permitirão que a tripulação do destroier possa detectar quaisquer alvos no ar, na superfície da água ou embaixo d’água, até mesmo os pequenos e pouco perceptíveis, em uma faixa de dezenas ou até centenas de quilômetros.
Energia a todo custo
O ponto mais controverso do programa é a escolha da principal fonte de energia do destroier. De acordo com as informações preliminares, o Ministério da Defesa encomendou o desenvolvimento de projetos com duas variantes: turbinas a gás ou energia nuclear.
“Na fase de pesquisa e desenvolvimento, o ministério tomará a decisão definitiva de acordo com o que for mais conveniente – um destroier nuclear ou comum, ou ele pode até precisar de ambos. A última opção também é bem possível”, declarou à agência de notícias TASS uma fonte do alto escalão da indústria de defesa russa.
No atual nível de desenvolvimento da construção naval nacional, diante da difícil situação financeira e econômica e da necessidade urgente de modernização em larga escala das forças de superfície da Marinha Russa, a liderança do Ministério da Defesa tem dúvidas de que poderia construir contratorpedeiros com dois tipos de fontes de energia principal.
“A retomada da presença permanente da Marinha em águas distantes não deve provocar um rombo no orçamento russo”, disse à Gazeta Russa Oleg Vladikin, editor-executivo do suplemento “Revisão Militar Independente”, publicado semanalmente no jornal “Nezavisimaia Gazeta”.
O projeto do “Líder” não foi incluído no programa de armamento do governo para 2020, e a alocação de recursos para a construção dos contratorpedeiros poderá ser realizada apenas no âmbito do programa de construção naval, elaborado até o ano de 2050.
O principal recurso de ataque do novo contratorpedeiro será o sistema integrado de mísseis Kalibr. Exportado com o nome de Club, ele é composto por mísseis de cruzeiro antinavio e mísseis de cruzeiro 3M-14, projetados para destruir de uma grande distância alvos importantes no interior do território inimigo – uma espécie de “braços longos” do destroier. Além disso, inclui também mísseis antissubmarinos que permitem atingir com grande eficácia vários tipos de submarinos inimigos, incluindo os submarinos com baixo nível de ruídos e não nucleares.
O complexo de ataque Onyx, com um míssil de cruzeiro supersônico, poderá se tornar o segundo “braço longo” do contratorpedeiro. Pelo fato de o Kalibr e o Onyx poderem ser utilizados a partir de um único lançador, isso confere total versatilidade e uma real capacidade de realizar tarefas múltiplas aos navios militares russos.
A versão exclusiva para navios do sistema de defesa antiaérea S-500 Prometeu, que será capaz de destruir alvos que estejam até mesmo no espaço próximo, deverá garantir ainda a proteção contra os ataques aéreos. O navio também receberá recursos de defesa aérea e defesa antimísseis de médio alcance.
No Líder também serão implantados armas de artilharia, minas e torpedos, recursos para combater os sabotadores, helicópteros e drones, bem como radares e sonares modernos que permitirão que a tripulação do destroier possa detectar quaisquer alvos no ar, na superfície da água ou embaixo d’água, até mesmo os pequenos e pouco perceptíveis, em uma faixa de dezenas ou até centenas de quilômetros.
Energia a todo custo
O ponto mais controverso do programa é a escolha da principal fonte de energia do destroier. De acordo com as informações preliminares, o Ministério da Defesa encomendou o desenvolvimento de projetos com duas variantes: turbinas a gás ou energia nuclear.
“Na fase de pesquisa e desenvolvimento, o ministério tomará a decisão definitiva de acordo com o que for mais conveniente – um destroier nuclear ou comum, ou ele pode até precisar de ambos. A última opção também é bem possível”, declarou à agência de notícias TASS uma fonte do alto escalão da indústria de defesa russa.
No atual nível de desenvolvimento da construção naval nacional, diante da difícil situação financeira e econômica e da necessidade urgente de modernização em larga escala das forças de superfície da Marinha Russa, a liderança do Ministério da Defesa tem dúvidas de que poderia construir contratorpedeiros com dois tipos de fontes de energia principal.
“A retomada da presença permanente da Marinha em águas distantes não deve provocar um rombo no orçamento russo”, disse à Gazeta Russa Oleg Vladikin, editor-executivo do suplemento “Revisão Militar Independente”, publicado semanalmente no jornal “Nezavisimaia Gazeta”.