Oficiais confirmaram saída de 80 combatentes por terra e 72 por ar.
Turquia autorizou passagem por seu território.
France Presse
Os combatentes curdos iraquianos deixaram sua base no norte do Iraque nesta terça-feira (28) em direção à cidade curdo-síria de Kobane, para defendê-la dos jihadistas do grupo Estado Islámico (EI).
Dois oficiais curdos confirmaram a saída da base de Erbil de um contingente de 80 combatentes por terra, e outros 72 chegarão por avião à Turquia, que autorizou a passagem por seu território dos peshmergas enviados como reforço a Kobane.
Aguardados há semanas, esses primeiros reforços curdos devem chegar a Kobane nos próximos dias, se sua viagem e a passagem pela fronteira entre Turquia e Síria for feita sem problemas.
Combates são travados há mais de 40 dias nessa que é a terceira maior cidade curda da Síria, onde um dos objetivos dos jihadistas da organização Estado Islâmico (EI) é tomar o controle de bairros do norte e bloquear o caminho para a Turquia. Nesta segunda, o EI divulgou um video em que seu refém inglês John Cantlie diz que a cidade já está sob controle do grupo.
Nesta terça, pelo menos nove extremistas foram mortos em uma emboscada de combatentes curdos entre duas aldeias da periferia leste da cidade, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos realizaram três ataques contra alvos no centro de Kobane, segundo a ONG.
Deslocamento
Os combatentes curdos iraquianos deixaram sua base no norte do Iraque nesta terça-feira (28) em direção à cidade curdo-síria de Kobane, para defendê-la dos jihadistas do grupo Estado Islámico (EI).
Dois oficiais curdos confirmaram a saída da base de Erbil de um contingente de 80 combatentes por terra, e outros 72 chegarão por avião à Turquia, que autorizou a passagem por seu território dos peshmergas enviados como reforço a Kobane.
Aguardados há semanas, esses primeiros reforços curdos devem chegar a Kobane nos próximos dias, se sua viagem e a passagem pela fronteira entre Turquia e Síria for feita sem problemas.
Combates são travados há mais de 40 dias nessa que é a terceira maior cidade curda da Síria, onde um dos objetivos dos jihadistas da organização Estado Islâmico (EI) é tomar o controle de bairros do norte e bloquear o caminho para a Turquia. Nesta segunda, o EI divulgou um video em que seu refém inglês John Cantlie diz que a cidade já está sob controle do grupo.
Nesta terça, pelo menos nove extremistas foram mortos em uma emboscada de combatentes curdos entre duas aldeias da periferia leste da cidade, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos realizaram três ataques contra alvos no centro de Kobane, segundo a ONG.
Deslocamento
Em Erbil, capital da região do Curdistão iraquiano, um correspondente da AFP viu dezenas de caminhões militares deixando uma base do nordeste da cidade.
"Quarenta veículos transportando armas, peças de artilharia e metralhadoras, com 80 peshmergas (combatentes curdos iraquianos) a bordo, estão a caminho de (a província de) Dohuk e atravessaram hoje a fronteira" com a Turquia, informou um oficial curdo.
Um segundo contingente de 72 combatentes partirá no início da quarta de avião para a Turquia, de onde irá para a fronteira entre Turquia e Síria por Mursitpinar, localidade turca mais próxima de Kobane.
Os peshmergas serão "uma força de apoio", equipada principalmente com armas automáticas e lança-foguetes, disse Halgord Hekmat, porta-voz do ministério encarregado dessa força de segurança curda que já combate o EI no Iraque.
Eles permanecerão em Kobane "até que sua presença não seja mais necessária", afirmou.
Depois da pressão insistente dos Estados Unidos, o governo turco autorizou na semana passada a passagem de 150 combatentes peshmergas.
Mas Ancara não quer ir além e se recusa a ajudar militarmente as forças curdas de Kobane. Os turcos temem que uma operação como essa beneficie apenas o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad - seu maior inimigo -, e o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que enfrenta as forças de segurança da Turquia desde 1984.
No Iraque, a mobilização de combatentes fora do país causou um acalorado debate. Alguns deputados criticaram a permissão. Um deles a considerou "ilegal e inconstitucional". Mas, para Hakim al-Zamili, um dos líderes de uma das principais milícias xiitas, "interessa ao povo iraquiano" porque o Iraque e a Síria enfrentam a mesma ameaça.