Obama anunciou na semana passada a ampliação das operações militares para enfrentar a ameaça jihadista tanto na Síria como no Iraque
EFE
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta sexta-feira uma lei que autoriza o Pentágono a treinar e armar os rebeldes sírios na luta contra o Estado Islâmico (EI), após sua aprovação esta semana nas duas câmaras do Congresso.
Obama ratificou a lei orçamentária que financia as atividades do governo federal até 11 de dezembro, e que inclui uma emenda que concede ao Departamento de Defesa a autoridade necessária para treinar e fornecer armas e equipamentos para cerca de 5 mil rebeldes sírios, que lutam contra o EI dentro do território da Síria.
O Pentágono garantiu hoje que começará "muito em breve" o processo de seleção dos rebeldes moderados sírios para que sejam treinados em instalações na Arábia Saudita, mas que levará "entre oito e 12 meses" antes que os mesmos possam retornar a seu país para lutar contra o EI.
O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, disse que o processo de seleção tomará "entre três e cinco meses", e será feito de maneira coordenada com a inteligência americana e o governo da Arábia Saudita.
Obama agradeceu ontem o Congresso por sua "rapidez e seriedade" na hora de autorizar o treinamento e a formação dos rebeldes sírios.
"Somos mais fortes como nação quando o Congresso e o governo trabalham juntos", destacou ontem o presidente em discurso.
"Nós americanos não nos rendemos diante das ameaças. Quando nos ameaçam, isso não nos divide, nos une. Nos juntamos para defender este país e para garantir que a justiça será feita", acrescentou o presidente.
Obama considera que não necessita de autorização do Congresso para agir militarmente de forma direta contra o EI, mas ela é necessária para fornecer armas e treinamento a um terceiro ator, neste caso os rebeldes sírios, segundo o disposto no "Título 10" do Código dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos vinham oferecendo desde meados do ano passado armas leves e treinamento a rebeldes sírios na Jordânia, mas de forma encoberta, através de um programa da CIA.
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