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25 setembro 2014

Luta contra Estado Islâmico vai durar anos, dizem EUA

Em entrevista exclusiva à BBC, porta-voz do Pentágono afirma que grupo tem boa capacidade de se adaptar e reagir a ataques.


BBC

Os ataques aéreos liderados pelos EUA interromperam os avanços do autodenominado Estado Islâmico (EI), mas a luta contra o grupo extremista ainda vai levar anos, disse à BBC o porta-voz do Pentágono.

"Acreditamos que estamos falando de anos", disse o almirante John Kirby dias após os EUA e países aliados iniciarem ataques aéreos contra o EI na Síria.

A afirmação foi feita no momento em que ativistas relataram novos ataques ao redor da cidade de Kobane, perto da fronteira da Síria com a Turquia.

Kobane foi cercada por militantes do Estado Islâmico durante vários dias, forçando cerca de 130 mil curdos sírios a fugir para a Turquia.

O Estado Islâmico tomou grandes áreas da Síria e do Iraque. Desde agosto, os EUA lançaram cerca de 200 ataques aéreos no Iraque.

Na segunda-feira, os ataques estenderam a campanha para a Síria pela primeira vez. Ativistas dizem que pelo menos 70 militantes do Estado Islâmico, 50 combatentes ligados à Al-Qaeda e oito civis foram mortos nos ataques, que atingiram vários alvos no norte e no leste do país.

'Êxodo' de Raqqa

Em Washington, o almirante John Kirby disse que os ataques aéreos na Síria tinham diminuído com sucesso o poder do Estado Islâmico. "Achamos que atingimos o alvo", disse ele.

No entanto, ele afirmou que o grupo é competente em se adaptar e reagir a mudanças, e que representa uma "grave ameaça" que não seria eliminada "dentro de dias ou meses."

O Pentágono disse que aviões bombardeiros, drones e mísseis de cruzeiro Tomahawk foram usados nos ataques. As ações atingiram a sede do Estado Islâmico, em Raqqa, no nordeste da Síria, bem como áreas de treino, veículos e instalações de armazenamento em várias outras áreas.

O presidente americano, Barack Obama, disse que militantes ligados à Al-Qaeda conhecidos como o Grupo de Khorasan também foram alvo. Os EUA acusam o grupo de planejar "ataques iminentes" contra o Ocidente a partir de um reduto a oeste de Aleppo.

A ofensiva foi organizada em três ondas distintas, com jatos de combate norte-americanos usados na primeira e nações árabes participando na segunda e na terceira, disseram autoridades militares dos EUA.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jan Psaki, disse que os EUA haviam alertado a Síria com antecedência para "não se envolver com aviões dos EUA". Mas ela acrescentou que Washington não pediu permissão ou informou com antecedência sobre a programação dos ataques.

Moradores de Raqqa disseram aos jornalistas que os ataques aéreos tiveram um grande impacto sobre os militantes.

Um ativista na cidade, Abu Yusef, disse à agência de notícias AFP que os militantes estão agora "focados em tentar salvar suas próprias vidas".

Abo Mohammed, um morador, disse à Reuters que o principal prédio administrativo da cidade tinha sido atingido por quatro foguetes e que centenas de combatentes que estavam controlando o tráfego e a segurança na rua haviam ido embora.

"Há um êxodo de Raqqa neste momento", disse ele, relatando a fuga não só de militantes, mas também de moradores da cidade.

Distorcendo o Islã

Na terça-feira, Obama elogiou o suporte das nações árabes aos ataques aéreos: "Isto não é uma luta dos EUA sozinhos."

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Bahrein e Catar apoiaram ou participaram dos ataques na Síria, disse o presidente americano.

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse a jornalistas que mais de 50 países concordaram em unir esforços para combater o Estado Islâmico.

"Nós não vamos permitir que esses terroristas encontrem um refúgio seguro em outro lugar", afirmou.

Em Nova York, o chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, disse: "Hoje estamos diante de uma situação muito perigosa, já que o terrorismo evoluiu de células para exércitos".

Ele disse que a ameaça havia engolido Líbia, Líbano, Síria, Iraque e Iêmen e "distorcido a imagem do Islã e dos muçulmanos."

Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu uma coalizão internacional para "destruir" o Estado Islâmico, indicando que se trata de uma luta inevitável.

A BBC apurou que o Parlamento do Reino Unido será chamado na sexta-feira a discutir o possível papel da Grã-Bretanha em ataques aéreos contra alvos de Estado Islâmico.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, citado pela imprensa estatal, disse que apoiou todos os esforços internacionais de luta contra o "terrorismo" na Síria.

No entanto, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, um aliado do governo sírio, disse que a ação militar na Síria não tinha "status legal" sem um mandato da ONU ou a aprovação do governo sírio.


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