Assassinatos de jovens levaram Israel a lançar ofensiva na Faixa de Gaza.
Ação deteve 3 filhos de Hussam Kawasmeh, suspeito de planejar o crime.
Do G1, em São Paulo
As tropas israelenses mataram nesta terça-feira (23) os dois principais suspeitos de capturar e assassinar três estudantes israelenses no último dia 12 de junho em um cruzamento próximo à colônia de Gush Etzion, na Cisjordânia.
Segundo um comunicado, ambos morreram baleados durante uma operação realizada nos arredores da cidade de Hebron na qual participaram soldados do exército e dos serviços secretos.
"Durante a madrugada, o exército israelense realizou uma operação durante a qual Marwan Qawasmeh e Amer Abu Eisheh, assassinos de três jovens israelenses, morreram em uma troca de tiros", anunciou o porta-voz militar Peter Lerner em sua conta no Twitter.
A versão da Inteligência interna (Shin Bet) assegura que unidades de elite chegaram ao local com a missão de prender os suspeitos. Porém, a chegada da tropa provocou um tiroteio no qual Amar Abu Eisha e Marwan Kawasmeh morreram.
Os dois palestinos, acusados por Israel de integrar o Hamas, foram localizados em uma casa de Hebron, que foi atacada por soldados israelenses e agentes do Shin Beth, o serviço de segurança interna.
A morte de ambos dificulta a investigação para saber se atuaram por ordem direta da liderança do Hamas, como denuncia Israel, ou se fizeram por sua própria conta, como deram a entender altos comandantes do citado movimento islamita.
A nota detalha que durante a operação também foram detidos Bashar Kawasmeh, Mahmed Kawasmeh e Taar Kawasmeh, filhos do terceiro suspeito, Hussam Kawasmeh, que já está na prisão acusado de planejar o crime.
De acordo com a acusação, Kawasmeh financiou e criou o plano junto a seu irmão Mahmoud, que foi libertado de uma prisão israelense na troca pelo soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 2005.
Fontes palestinas asseguram, por sua parte, que as tropas israelenses, apoiadas por escavadeiras, abriram fogo sobre a casa entre os protestos dos moradores, que lançaram pedras contra os soldados.
A delegação palestina que participa de negociações de paz mediadas pelo Egito no Cairo chegou a considerar a possibilidade de se retirar das conversas com Israel, mas decidiu manter as conversas, segundo informou um líder do Hamas à Reuters.
Entenda o caso
As tropas israelenses mataram nesta terça-feira (23) os dois principais suspeitos de capturar e assassinar três estudantes israelenses no último dia 12 de junho em um cruzamento próximo à colônia de Gush Etzion, na Cisjordânia.
Segundo um comunicado, ambos morreram baleados durante uma operação realizada nos arredores da cidade de Hebron na qual participaram soldados do exército e dos serviços secretos.
"Durante a madrugada, o exército israelense realizou uma operação durante a qual Marwan Qawasmeh e Amer Abu Eisheh, assassinos de três jovens israelenses, morreram em uma troca de tiros", anunciou o porta-voz militar Peter Lerner em sua conta no Twitter.
A versão da Inteligência interna (Shin Bet) assegura que unidades de elite chegaram ao local com a missão de prender os suspeitos. Porém, a chegada da tropa provocou um tiroteio no qual Amar Abu Eisha e Marwan Kawasmeh morreram.
Os dois palestinos, acusados por Israel de integrar o Hamas, foram localizados em uma casa de Hebron, que foi atacada por soldados israelenses e agentes do Shin Beth, o serviço de segurança interna.
A morte de ambos dificulta a investigação para saber se atuaram por ordem direta da liderança do Hamas, como denuncia Israel, ou se fizeram por sua própria conta, como deram a entender altos comandantes do citado movimento islamita.
A nota detalha que durante a operação também foram detidos Bashar Kawasmeh, Mahmed Kawasmeh e Taar Kawasmeh, filhos do terceiro suspeito, Hussam Kawasmeh, que já está na prisão acusado de planejar o crime.
De acordo com a acusação, Kawasmeh financiou e criou o plano junto a seu irmão Mahmoud, que foi libertado de uma prisão israelense na troca pelo soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 2005.
Fontes palestinas asseguram, por sua parte, que as tropas israelenses, apoiadas por escavadeiras, abriram fogo sobre a casa entre os protestos dos moradores, que lançaram pedras contra os soldados.
A delegação palestina que participa de negociações de paz mediadas pelo Egito no Cairo chegou a considerar a possibilidade de se retirar das conversas com Israel, mas decidiu manter as conversas, segundo informou um líder do Hamas à Reuters.
Entenda o caso
O sequestro e a morte em junho de três jovens israelenses - Eyal Yifrach, Naftali Frenkel e Gilad Shaer - que haviam feito uma parada no sul da Cisjordânia levou o exército a iniciar uma grande operação, na qual mais de 400 palestinos foram detidos e pelo menos cinco morreram.
Também provocou uma onda de indignação em Israel e elevou as tensões, o que resultou em uma grande ofensiva israelense na Faixa de Gaza, um conflito entre julho e agosto no qual morreram quase 2.200 palestinos e 73 israelenses.
Gilad Sha'er, Naftalí Frenkel e Eyal Yifrach - dois deles menores de idade - desapareceram em 12 de junho quando tentavam pegar carona para retornar a sua casa após sair da escola religiosa na qual estudavam perto de Hebron.
Seus corpos foram encontrados três semanas depois, baleados em um descampado próximo à referida cidade palestina, com sinais que apontavam que tinham sido assassinados no mesmo dia da captura e após uma ampla operação militar israelense de busca, na qual participaram milhares de soldados.
O triplo assassinato suscitou ataques racistas e vinganças contra os palestinos em Jerusalém por parte de grupos ultranacionalistas judeus, em um dos quais foi capturado e assassinado Mohamad Abu Jedeir.
Jedeir, um adolescente de 16 anos, foi apanhado no bairro de Suafat, em Jerusalém Oriental, queimado vivo e seu corpo abandonado em uma floresta do oeste da cidade santa.
O desaparecimento e morte dos três rapazes, que desde o primeiro momento o governo israelense colocou sobre os ombros do Hamas, foi também um dos detonantes da devastadora ofensiva Limite Protetor que Israel lançou sobre Gaza.
Também provocou uma onda de indignação em Israel e elevou as tensões, o que resultou em uma grande ofensiva israelense na Faixa de Gaza, um conflito entre julho e agosto no qual morreram quase 2.200 palestinos e 73 israelenses.
Gilad Sha'er, Naftalí Frenkel e Eyal Yifrach - dois deles menores de idade - desapareceram em 12 de junho quando tentavam pegar carona para retornar a sua casa após sair da escola religiosa na qual estudavam perto de Hebron.
Seus corpos foram encontrados três semanas depois, baleados em um descampado próximo à referida cidade palestina, com sinais que apontavam que tinham sido assassinados no mesmo dia da captura e após uma ampla operação militar israelense de busca, na qual participaram milhares de soldados.
O triplo assassinato suscitou ataques racistas e vinganças contra os palestinos em Jerusalém por parte de grupos ultranacionalistas judeus, em um dos quais foi capturado e assassinado Mohamad Abu Jedeir.
Jedeir, um adolescente de 16 anos, foi apanhado no bairro de Suafat, em Jerusalém Oriental, queimado vivo e seu corpo abandonado em uma floresta do oeste da cidade santa.
O desaparecimento e morte dos três rapazes, que desde o primeiro momento o governo israelense colocou sobre os ombros do Hamas, foi também um dos detonantes da devastadora ofensiva Limite Protetor que Israel lançou sobre Gaza.