Ataque deve impedir que grupo islâmico tome territórios, diz comunicado.
Do G1, em São Paulo
Os Estados Unidos pediram nesta sexta-feira (5) a criação, antes da Assembleia Geral da ONU que será realizada no final de setembro, de uma coalizão internacional para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
"Não podemos perder tempo para criar uma coalizão internacional para destruir a ameaça representada pelo EI", afirmaram o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel, em um comunicado conjunto depois de uma reunião à margem da cúpula da Otan com os dirigentes de outros nove países.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha organizaram na manhã desta sexta uma reunião na qual participaram os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Itália, Polônia e Turquia.
"Estamos convencidos de que, nos próximos dias, teremos a capacidade para destruir o EI", disse Kerry durante o encontro.
Para que seja efetiva, a coalizão deve coordenar múltiplos aspectos, indica o comunicado: um apoio militar às Forças Armadas iraquianas, frear o fluxo de combatentes estrangeiros, contra-atacar o financiamento do EI, enviar ajuda humanitária e deslegitimar a ideologia do EI.
"Temos que atacá-los de maneira que os impeça de tomar territórios, que reforce a capacidade das forças iraquianas, de outros que estão na região e que estão preparados para enfrentá-los, sem comprometer nossas tropas, obviamente", assinalou Kerry em uma reunião com seus colegas da Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Turquia, Polônia, Canadá, Dinamarca e Austrália.
"Esta é a linha vermelha para todos, não haverá soldados em terra", enfatizou, acrescentando que há muitas formas para ajudar, "treinando, aconselhando, dando assistência e equipando".
"Os combatentes do EI não estão organizados como todos pensam. E temos a tecnologia, o conhecimento. O que precisamos obviamente é a vontade de nos manter firmes e juntos nisso", concluiu. As informações são da agência de notícias France Presse.
Uma onda de violência começou nos últimos meses no Iraque e na Síria, quando o grupo muçulmano extremista passou a tomar importantes cidades da região. Seu objetivo é criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do Iraque e da Síria
Islâmicos sunitas, seus militantes consideram os xiitas, grupo predominante no Iraque, como infiéis que merecem ser mortos e afirmam que os cristãos têm que se converter ao Islã, pagar uma taxa religiosa ou enfrentar a pena de morte.
O avanço dos rebeldes causou reação internacional, e os Estados Unidos bombardeiam desde o início de agosto o norte do Iraque para frear o avanço do EI e permitir às tropas curdas e iraquianas avançar em terra.
Estratégia
Os Estados Unidos pediram nesta sexta-feira (5) a criação, antes da Assembleia Geral da ONU que será realizada no final de setembro, de uma coalizão internacional para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
"Não podemos perder tempo para criar uma coalizão internacional para destruir a ameaça representada pelo EI", afirmaram o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel, em um comunicado conjunto depois de uma reunião à margem da cúpula da Otan com os dirigentes de outros nove países.
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha organizaram na manhã desta sexta uma reunião na qual participaram os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Itália, Polônia e Turquia.
"Estamos convencidos de que, nos próximos dias, teremos a capacidade para destruir o EI", disse Kerry durante o encontro.
Para que seja efetiva, a coalizão deve coordenar múltiplos aspectos, indica o comunicado: um apoio militar às Forças Armadas iraquianas, frear o fluxo de combatentes estrangeiros, contra-atacar o financiamento do EI, enviar ajuda humanitária e deslegitimar a ideologia do EI.
"Temos que atacá-los de maneira que os impeça de tomar territórios, que reforce a capacidade das forças iraquianas, de outros que estão na região e que estão preparados para enfrentá-los, sem comprometer nossas tropas, obviamente", assinalou Kerry em uma reunião com seus colegas da Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Turquia, Polônia, Canadá, Dinamarca e Austrália.
"Esta é a linha vermelha para todos, não haverá soldados em terra", enfatizou, acrescentando que há muitas formas para ajudar, "treinando, aconselhando, dando assistência e equipando".
"Os combatentes do EI não estão organizados como todos pensam. E temos a tecnologia, o conhecimento. O que precisamos obviamente é a vontade de nos manter firmes e juntos nisso", concluiu. As informações são da agência de notícias France Presse.
Uma onda de violência começou nos últimos meses no Iraque e na Síria, quando o grupo muçulmano extremista passou a tomar importantes cidades da região. Seu objetivo é criar um Estado muçulmano que inclua as zonas sunitas do Iraque e da Síria
Islâmicos sunitas, seus militantes consideram os xiitas, grupo predominante no Iraque, como infiéis que merecem ser mortos e afirmam que os cristãos têm que se converter ao Islã, pagar uma taxa religiosa ou enfrentar a pena de morte.
O avanço dos rebeldes causou reação internacional, e os Estados Unidos bombardeiam desde o início de agosto o norte do Iraque para frear o avanço do EI e permitir às tropas curdas e iraquianas avançar em terra.
Estratégia
O presidente francês, François Hollande, que já se mostrou aberto a uma resposta militar, se reuniu nesta manhã de maneira bilateral com seu colega americano.
“É necessária uma estratégia completa para pressioná-los por toda parte. É o que tentamos fazer nesta cúpula”, indicou David Cameron, que pediu aos aliados que não paguem resgates pelos reféns do EI, já que é contraproducente.
Esta estratégia global inclui a entrega de armas aos combatentes curdos, na linha de frente na batalha com os militantes do Estado Islâmico no norte do Iraque.
Estados Unidos, França e Itália já entregam armas. A Grã-Bretanha ainda não decidiu. A Alemanha, em uma guinada radical de sua política de não intervir no exterior, decidiu entregar 30 sistemas de mísseis antitanque, 16.000 fuzis de assalto e 8.000 pistolas.
Segundo fontes em Teerã confirmaram ao serviço iraniano da BBC, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, aprovou uma cooperação com os EUA para combater o EI. Ele teria autorizado seu mais alto oficial, o general Qasem Soleimani, a coordenar operações militares com as forças americanas, iraquianas e curdas.
Canadá envia assessores
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, anunciou nesta sexta que o Canadá enviará dezenas de militares ao Iraque para proporcionar assessoria e assistência às Forças Armadas iraquianas.
Esta ajuda militar tem por objetivo, segundo o comunicado do chefe de Governo canadense, "fornecer meios às forças de segurança no norte do país para que atuem com mais eficiência ante a ameaça do Estado Islâmico".