De acordo com Vladimir Chizhov, representante permanente da Rússia junto à União Europeia, o anúncio de que a UE se propõe alocar 2,5 milhões de euros para ajuda humanitária à população do leste da Ucrânia parece indecente sobre o pano de fundo das promessas de recuperar a economia ucraniana. O documento final da cúpula da UE nem sequer tem menção à situação humanitária catastrófica na região.
Voz da Rússia
A cúpula da UE foi realizada este sábado em Bruxelas. Antes da sessão de trabalho, os líderes europeus se reuniram com o presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko. O presidente ucraniano manteve conversações com o presidente da CE, José Manuel Barroso, que, após a reunião, lembrou aos repórteres que, em agosto, a Comissão Europeia havia prometido uma ajuda de 2,5 milhões de euros adicionais, destinada às populações afetadas pelas hostilidades na Ucrânia.
Chizhov apontou que na União Europeia são vigentes "as forças de inércia, inclusive com relação às atuais autoridades de Kiev".
"Depois de ter assumido uma posição de apoio incondicional a essas, a União Europeia, infelizmente, é incapaz de abandonar esse roteiro. Por isso, as conclusões finais do Conselho Europeu não fazem, de fato, nenhuma referência, nenhuma menção à situação humanitária catastrófica que está sendo registrada no leste", afirmou o diplomata russo.