Novas refinarias foram bombardeadas neste domingo.
Frente Al-Nosra criticou 'eixo do mal' liderado pelos EUA.
France Presse
A coalizão internacional anti-jihadista atacou novas refinarias de petróleo controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, onde o ramo local da rede Al-Qaeda, a Frente Al-Nosra, ameaçou os Estados Unidos e seus aliados.
Três pequenas refinarias utilizadas pelo EI foram destruídas por ataques com mísseis na madrugada deste domingo no norte da Síria, na fronteira com a Turquia, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
O Pentágono confirmou os ataques às refinarias, que ocorreram em parceria com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
A coalizão já havia visado ao menos 12 refinarias controladas pelo grupo extremista nos últimos dias no leste da Síria, região em grande parte controlada pelo EI.
Esses ataques destinam-se a secar a fonte financeira que representa o petróleo para os jihadistas, que o contrabandeia especialmente para a vizinha Turquia, de acordo com especialistas. Este comércio movimentaria cerca de 3 milhões do dólares.
"O EI refina petróleo usando métodos tradicionais e o vende a comerciantes turcos", explicou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. "A coalizão quer destruir uma das fontes de renda do EI, fundamental para sustentar a guerra".
Desde o início dos ataques aéreos, o bombeamento de petróleo nos campos controlados pelo grupo praticamente cessou.
'Guerra contra o Islã'
A coalizão internacional anti-jihadista atacou novas refinarias de petróleo controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, onde o ramo local da rede Al-Qaeda, a Frente Al-Nosra, ameaçou os Estados Unidos e seus aliados.
Três pequenas refinarias utilizadas pelo EI foram destruídas por ataques com mísseis na madrugada deste domingo no norte da Síria, na fronteira com a Turquia, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
O Pentágono confirmou os ataques às refinarias, que ocorreram em parceria com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
A coalizão já havia visado ao menos 12 refinarias controladas pelo grupo extremista nos últimos dias no leste da Síria, região em grande parte controlada pelo EI.
Esses ataques destinam-se a secar a fonte financeira que representa o petróleo para os jihadistas, que o contrabandeia especialmente para a vizinha Turquia, de acordo com especialistas. Este comércio movimentaria cerca de 3 milhões do dólares.
"O EI refina petróleo usando métodos tradicionais e o vende a comerciantes turcos", explicou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. "A coalizão quer destruir uma das fontes de renda do EI, fundamental para sustentar a guerra".
Desde o início dos ataques aéreos, o bombeamento de petróleo nos campos controlados pelo grupo praticamente cessou.
'Guerra contra o Islã'
Em um vídeo postado na internet, a Frente Al-Nosra descreveu as operações da coalizão de '"guerra contra o Islã" e criticou um "eixo do mal" liderado pelo "país dos cowboys".
"Esses Estados têm cometido um ato terrível que irá colocá-los na lista de alvos das forças jihadistas no mundo inteiro", advertiu o porta-voz da Al-Nosra, Abu Firas al-Suri.
Ao estender os ataques aéreos para a Síria na semana passada, os Estados Unidos atacaram principalmente posições da Al-Nosra e membros do Khorassan, um pequeno grupo islamita próximo da Al-Qaeda que se preparava para lançar, de acordo com Washington, "grandes ataques" nos Estados Unidos e na Europa.
Tuítes postados por um jihadista parecem confirmar que o suposto líder do grupo Khorassan, Muhsin al-Fadhli, foi morto em um desses ataques, anunciou o SITE, o centro americano de monitoramento de sites islâmicos.
As ameaças da Al-Nosra são feitas após as proferidas na semana passada por um porta-voz do EI, que incitou os muçulmanos a matar cidadãos dos países membros da coalizão.
Essas chamadas provocaram indignação de líderes muçulmanos, incluindo no Reino Unido e na França, um país que ainda tenta superar o choque pela decapitação de Hervé Gourdel, um guia de montanha de 55 anos sequestrado na Argélia por um grupo ligado ao EI.
Neste contexto, o conflito na Síria e no Iraque continua a dominar as discussões na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, diante da qual o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, criticou o intervencionismo militar americano.
"A intervenção militar tornou-se regra, apesar do resultado lamentável das operações militares dos Estados Unidos nos últimos anos", disse Lavrov no sábado, citando, entre outras, as intervenções no Iraque, Líbia e Afeganistão.
Moscou, que apoia o presidente sírio Bashar al-Assad, afirma que os ataques na Síria são ilegais.
Reforço de aviões britânicos
Último país a aderir à campanha de ataques aéreos, o Reino Unido enviou seus caças Tornado da Royal Air Force (RAF), que têm sobrevoado diariamente o território iraquiano, segundo o ministro da Defesa, Michael Fallon.
Estas aeronaves "estão prontas a ajudar as tropas iraquianas e curdas no chão em caso de confronto", assegurou.
No Iraque, as forças pró-governo repeliram um ataque na manhã deste domingo contra Amriyat Al-Fallujah, uma cidade estratégica 40 km a oeste de Bagdá, segundo fontes de segurança.
Os soldados se beneficiaram dos ataques aéreos, mas o exército não foi capaz de confirmar qual membro da coalizão foi o responsável pelos bombardeios.
Na Síria, os ataques conduzidos no sábado atingiram 'um aeroporto controlado pelo EI, uma guarnição e um campo de treinamento perto de Raqa', reduto do grupo extremista sunita no país, segundo o centro de comando americano (CENTCOM).
Apesar dos ataques no norte da Síria, os jihadistas do EI continuam sua ofensiva contra a cidade curda de Ain al-Arab (Kobané em curdo).
Os últimos combates levaram centenas de moradores a fugir para a vizinha Turquia, que já abriga mais de 160 mil pessoas que fugiram da região de Ain al-Arab.
A organização Human Rights Watch (HRW) também pediu a abertura de uma investigação sobre uma possível violação da lei da guerra após a morte de pelo menos sete civis em ataques americanos no noroeste do Síria.