Separatistas pró-russos derrubaram um caça ucraniano no leste do país.
Ucrânia anunciou retomada de posto policial em Lugansk das mãos dos rebeldes.
Do G1, em São Paulo
A Ucrânia voltou a ter confrontos na manhã deste domingo (17), quando os ministros de relações exteriores da Rússia e Ucrânia se encontrarão em uma reunião de emergência, em Berlim.
Conflitos intensos foram registrados na região de Lugansk, onde uma caça ucraniano foi derrubado pelos separatistas. Por outro lado, o exército ucraniano disse ter retomado um posto policial na fronteira, que estava há meses na mão dos pró-russos.
Kiev ainda denunciou a incursão de um comboio com lança-foguetes a partir da Rússia, horas antes de uma reunião de emergência entre os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia e da Rússia em Berlim.
A ajuda humanitária russa destinada às populações atingidas pelo conflito no leste da Ucrânia segue bloqueada na fronteira neste domingo.
Caça e posto policial
A Ucrânia voltou a ter confrontos na manhã deste domingo (17), quando os ministros de relações exteriores da Rússia e Ucrânia se encontrarão em uma reunião de emergência, em Berlim.
Conflitos intensos foram registrados na região de Lugansk, onde uma caça ucraniano foi derrubado pelos separatistas. Por outro lado, o exército ucraniano disse ter retomado um posto policial na fronteira, que estava há meses na mão dos pró-russos.
Kiev ainda denunciou a incursão de um comboio com lança-foguetes a partir da Rússia, horas antes de uma reunião de emergência entre os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia e da Rússia em Berlim.
A ajuda humanitária russa destinada às populações atingidas pelo conflito no leste da Ucrânia segue bloqueada na fronteira neste domingo.
Caça e posto policial
Um avião de caça ucraniano MIG-29 foi derrubado pelos separatistas 'depois de realizar sua missão de liquidar um grupo de terroristas', declarou à AFP Leonid Matiujin, porta-voz da operação militar ucraniana no leste. O piloto conseguiu ejetar e passa bem, segundo a fonte.
O exército ucraniano também recuperou neste domingo uma delegacia de polícia no reduto separatista de Lugansk. Os rebeldes estariam lutando desesperadamente numa reação para tomar novamente o posto e a chegada de armas e combatentes da Rússia deve ser acelerada, segundo a Reuters. A região é vista como crucial como rota de asbatecimento.
As autoridades ucranianas denunciaram ainda a entrada em seu território de três lança-foguetes múltiplos Grad a partir da Rússia, e evocou dez violações do espaço aéreo por drones (aviões não tripulados) russos.
Os incidentes aumentam a tensão horas antes do encontro previsto para este domingo entre os ministros das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e ucraniano, Pavlo Klimkin, e os seus homólogos alemão, Frank-Walter Steinmeier, e francês, Laurent Fabius.
A reunião foi convocada para tentar controlar a tensão depois de Kiev anunciar na sexta-feira a destruição parcial de uma coluna de blindados russos. A introdução desta coluna na Ucrânia, vista por jornalistas britânicos e confirmada por Kiev, causou uma onda de indignação entre os países ocidentais.
Diálogo difícil
'Voando para Berlim. As discussões não serão fáceis. É importante interromper o fluxo de armas e mercenários da Rússia', escreveu Klimkin neste domingo em sua conta no Twitter.
O chanceler alemão Steinmeier indicou, por sua vez, que espera alcançar um 'cessar-fogo duradouro' na Ucrânia e acordar medidas para 'o controle efetivo das fronteiras' do país.
A chefe do Governo alemão, a chanceler Angela Merkel, cobrou explicações a Moscou após as declarações de um líder separatista, segundo as quais os rebeldes teriam recebido cerca de 150 equipamentos militares e cerca de 1.200 combatentes treinados na Rússia.
Moscou, que nega qualquer travessia de tropas russas ou de material pela fronteira, acusou ironicamente Kiev de 'destruir fantasmas', à respeito da coluna militar que teria incursionado em território ucraniano.
Neste contexto de tensão, o comboio humanitário russo, que Kiev e as potências ocidentais suspeitam de ser apenas um disfarce para uma intervenção armada russa, segue à espera de inspeção.
O diretor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Rússia, Pascal Cuttat, verificou neste domingo os cerca de 300 caminhões que compõem o combiou humanitário. Mas a inspeção oficial do CICV, que deve permitir a entrada na Ucrânia, ainda não começou, segundo porta-vozes do CICV.
'Duvido que a inspeção oficial comece hoje', considerou Viktoria Zotikova, do CICV de Moscou.
Os caminhões russos que transportam 1.800 toneladas de ajuda humanitária, segundo Moscou, estão estacionados a cerca de 30 quilômetros da fronteira, na cidade russa de Kamensk-Shakhtinski.